O posto de fiscalização da Polícia Rodoviária Federal foi o local escolhido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil para lançar a “Operação Corta Fogo, campo sem fogo. Campo com vida”.

Os trabalhos seguem durante todo o período do B-R-O-BRÓ, que correspondem aos meses mais quentes do ano, de outubro a dezembro.

“Estamos começando por aqui porque é uma área de grande circulação e ocorre uma grande incidência de incêndios nessa época de seca, onde a umidade do ar está lá em baixo. É o primeiro passo, daqui iremos para a área urbana e para a área rural no sentido de pedir e de apelar para a população caxiense que evite tocar fogo na época mais seca, porque o mais prejudicado é a população”, destaca Pedro Marinho, secretário municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil.

“A gente presencia muitas queimadas ao longo da rodovia. Essa ação conjunta da PRF com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil tem sido importante no combate as queimadas. Esse período é muito seco, na qual a estiagem está tornando muito propício a ocorrência de queimadas. A gente pede que as pessoas não joguem cigarros ao longo da rodovia e também em áreas muito secas para que evitem as queimadas nessas regiões”, alerta Thiago Dannilo, PRF.

Desenvolvida em parceria com a Polícia Rodoviária Federal e o Corpo de Bombeiros, a operação consistiu na distribuição de informações aos motoristas buscando a conscientização. A operação tem como objetivo garantir a integridade das áreas urbanas e rurais através de ações de prevenção, monitoramento e combate aos focos de incêndios fora de controle e não autorizados. O Corpo de Bombeiros registrou um aumento de 100% nas ocorrências de incêndios florestais em Caxias e região, passando de 46 casos em agosto para 96 em setembro.

“No mês de setembro nós tivemos 96 ocorrências, isso em decorrência desses meses de outubro a dezembro serem de estiagem e propagação de incêndios. A maioria são devidos a ação do homem, tanto na área urbana, quanto na área rural, ou por queima de lixo ou limpeza de terreno. A gente orienta a não jogar bituca de cigarro na estrada, não colocar fogo como forma de limpar terreno sem as devidas precauções como aceiro ou a limpeza do terreno ao redor”, explica Ianak, aspirante do Corpo de Bombeiros.

Motoristas de caminhões, ônibus e automóveis fizeram questão de colaborar com a campanha e com a divulgação dos cuidados preventivos.

“Olha é uma iniciativa muito importante. Eu estou vindo de São Luís e eu observei que tanto na margem direita, quanto na margem esquerda está tendo queimadas, a vegetação está sendo muito agredida, inclusive em dois trechos encontrei animais mortos e dava para perceber que não havia sido por atropelamento, mas parte do corpo queimado. A queimada pode provocar acidentes, porque a pessoa que vem atrás pode não perceber que vem outra pessoa. Presenciei também um caminhão de bebidas que estava virado e pegou fogo, então tudo isso influencia. É importante que a gente não jogo bagana de cigarro, qualquer coisa que você jogue na BR pode provocar um incêndio. O importante é que sempre que você passar por um local que tiver queimada e tiver um posto da PRF, você comunique, porque aí tem as iniciativas para combater esses incêndios”, explica Cristiano Campos, condutor.

“Tem muita queimada, o Tocantins é o lugar que tem muita queimada. Se o pessoal que fuma não jogar bituca de cigarro na beira da pista, o pessoal da roça não tocar fogo, já evita bastante e salva a vida dos animais”, destaca Eliandro Borba, caminhoneiro.

“Tem alguns focos de incêndios na estrada, as pessoas tocam fogo em áreas para pasto e roça, isso interfere na visibilidade do motorista. Uma campanha educativa como essa aqui é muito boa”, ressalta Albert Salim, condutor.

O Secretário de Meio Ambiente e Defesa Civil explica que o trabalho vai se estender por escolas e ao homem do campo, que faz uso da agricultura de subsistência.

“Acabei de comentar, eu não uso fósforo, eu não uso cigarro, bem aqui na cabeceira desse brejo tinha tanta fruta, tanto buriti, tocaram fogo. Temos que zelar, e não acabar”, ressalta João de Deus, trabalhador rural.

“O objetivo é também sensibilizar o pequeno lavrador de que a queimada durante a estação seca, ela é extremamente prejudicial. No ano passado nós tivemos problemas sérios na área rural de Caxias, com perda substancial da fauna e da flora, assim como a destruição de mananciais por conta da falta de vegetação”, explica Pedro Marinho, secretário municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil.

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