Os moradores do bairro Castelo Branco foram surpreendidos com uma ação da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) de Caxias, que procedeu ao trabalho de nebulização visando diminuir os focos do mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue. Esta medida só é realizada quando o índice de infestação está muito alto.

“Esse trabalho é muito importante. Se não tiver um trabalho desse, os mosquitos tomam conta, e se eles picarem as pessoas, tem as consequências. Se todo mundo fizer um pouco, vai somando e dá resultado, a população tem que colaborar”, frisa Rael Pereira da Silva, morador do bairro.

“Todos têm que manter os reservatórios tapados para que os mosquitos não aumentem. Eu achei esta ação interessante, é uma novidade, é muito bom porque previne”, afirma a moradora Ana Zilda.

Os índices são graves e, para mudar essa realidade, a parceria da população é fundamental, como afirma o coordenador da UVZ, Natanael Reis. O Ministério da Saúde preconiza que o índice aceitável de infestação do Mosquito é de 1%. No entanto, em alguns bairros de Caxias, segundo o último Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti, este índice é bastante superado, o que acende o sinal de alerta.

Os bairros com os maiores índices de infestação são Veneza (33,3); Raiz (13,3); Residencial Hélio Queiroz (13,3); Castelo Branco (9,5); Mutirão (8,0); Volta Redonda (6,3); Fazendinha (6,3); Tamarineiro (6,0) e Itapecuruzinho (6,0).

“O índice é bastante grande aqui no bairro. Nós tínhamos índices de 3,9 no geral. Nós estamos fazendo nebulizações pontuais agora nos bairros onde existem os índices de infestação muito altos. A população pode colaborar com a eliminação do mosquito não deixando lixo acumulado, seja na frente de casa ou no quintal, deve juntar e colocar pra coleta de lixo. Nós estamos tendo este problema e é sério, no bairro Hélio Queiroz os moradores estão acumulando lixo na porta de casa, e a sociedade tem que entender o seu papel. Já são mais de 30 mil casos de dengue no Brasil, temos que fazer a nossa parte para evitar um surto da doença. São muitos casos da doença só no mês de janeiro, e isso significa que a população não está contribuindo”, afirma o coordenador da UVZ.