Pessoas em situação de rua que são assistidas pela Casa de Acolhimento Adulto, no Centro de Caxias, passaram por testagem visando a prevenção contra a covid-19. Os testes rápidos foram realizados não apenas entre os acolhidos, mas também entre os profissionais que trabalham na casa. A ação é uma parceria entre as secretarias municipais de Saúde e de Assistência Social. Um acolhido, de 57 anos, fala da importância da ação, pois eles são um grupo bastante vulnerável por andar pelas ruas da cidade.

“É importante porque a gente precisa se proteger. Porque este vírus está acometendo muita gente. Eu sou assistido aqui há mais de 5 anos, tive um problema com a família e aqui tem sido a minha família, sou bem acolhido”, disse o assistido, que preferiu não ser identificado.

O teste é rápido e em 15 minutos o resultado já é conhecido. O enfermeiro explica os procedimentos utilizados na testagem e a quem acionar em caso de teste positivo.

“A gente tem o cuidado para usar todos os EPIs, máscaras, avental, óculos, protetor facial, e a gente tenta proteger o paciente. O resultado é rápido e em 15 minutos sai”, afirma Márcio Henrique, enfermeiro da UBS do Itapecuruzinho.

Quando o paciente apresenta os sintomas, a recomendação é que o teste seja feito no 8ª dia, para que o exame tenha maior eficácia e consiga identificar com maior certeza se a pessoa está ou não positiva para a covid-19.

“O ideal é que, em pacientes com suspeita, que ele faça no 8º dia para que não dê o chamado falso negativo, que ele fica dentro da janela imunológica do 1º ao 7º dia dos sintomas. O ideal é que seja feita no 8º ou 9º dia, pra frente, e dificilmente o resultado vai ser um falso negativo. Isso contando que o paciente tenha os sintomas característicos para a covid-19. O caso sendo identificado como positivo, a gente entra em contato com a Vigilância Epidemiológica, repassamos o caso, a Vigilância vai enviar uma equipe para acompanhar o paciente. O paciente vai ter o psicólogo, médico e se for pra tomar alguma medicação, ele vai fazer uso”, explica o enfermeiro.

A Casa de Acolhimento Adulto conta atualmente com 12 assistidos e funciona em sintonia com o Centro POP, onde eles têm alimentação. Ambos os serviços são ligados à Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS). A casa conta ainda com acompanhamento de psicólogos e assistentes sociais.

“Esta parceria é importante porque eles são um público vulnerável por viverem na rua. Nós já realizamos o monitoramento diário e, em caso de suspeita, a gente encaminha para a secretaria. Por duas vezes já levamos assistidos à UPA, mas graças a Deus nas duas ocasiões deu negativo”, afirma Erika Letícia, assistente social da Casa de Acolhimento Adulto.

“Essa testagem é importante porque é um público de exposição, eles não têm acesso a tanta higienização como as demais pessoas, então esta testagem é de suma importância para eles e para a equipe”, reforça Júlia Filgueira, psicóloga do Centro POP.

“Nós entramos em contato com a Secretaria de Saúde para realizar os testes junto a estas pessoas que não têm um lar, na Casa de Acolhimento Adulto, então a gente sentiu a necessidade de pedir a testagem para garantir a saúde dos acolhidos. Neste local, a secretaria acolhe pessoas adultas, sem vínculo familiar e que tem a rua como seu lar, eles são acompanhados também pelo Centro POP, onde eles fazem as refeições, e à noite eles são acolhidos aqui para dormir”, explica Kiara Braga, secretária da SMADS.

Palavras chaves: