A unidade de ensino teve 5 projetos aprovados pela FAPEMA (Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Tecnológico do Maranhão), 1 dos 5 projetos aprovados foi trabalhado com alunos do anexo do Leôncio Alves que funciona na escola Estadual Alexandre Costa, os demais foram desenvolvidos na escola.

A Escola Municipal Leôncio Alves promoveu a I Jornada Científica da U.I.M. Leôncio Alves Araújo: produzindo conhecimento, quebrando barreiras e promovendo a inserção social na escola. Trata-se de uma mostra de trabalhos produzidos pelos alunos que foi visitada pela comunidade, no ginásio poliesportivo da unidade, no bairro Campo de Belém.

 Os trabalhos foram desenvolvidos com estudantes do ensino fundamental I e da Educação de Jovens e Adultos, com base nos temas: matemática financeira e redução das desigualdades; história oral e produção de conhecimento; Geografando Vidas: experiências escolares e perfil socioeducacional dos alunos da EJA; recursos adaptados para pessoas com deficiência e a importância da aprendizagem como fator relevante na redução das desigualdades sociais e no processo de inclusão.

Os temas abordados dialogaram com a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia. Os resultados animaram os estudantes que compreenderam a proposta e desenvolveram suas próprias reflexões sobre os temas abordados, assim como os pais que acompanharam o evento e participam das ações da escola.

A gente fez um trabalho sobre desigualdade social e até uma música. A desigualdade é uma pessoa ter muito e a outra pessoa ter pouco. Sem desigualdade, a gente tem menos preconceito e menos mortes no país”, disse o estudante João Vítor.

Cícera Maria, mãe de umas das alunas da unidade, diz que a parceria escola-família é fundamental para o desenvolvimento do estudante. “Eu acompanho minha filha em tudo. Eu voltei a estudar e quero ingressar em uma faculdade. É importante estar presente na vida escolar dos nossos filhos para sabermos o que eles estão aprendendo.”

A educação pode levar a mudanças e crescimento pessoal, que fazem estudantes como o artesão e estudante José Santana, aluno da III etapa da EJA, demonstrarem seu potencial. Ele voltou a estudar aos 36 anos e, depois disso, conseguiu desenvolver uma máquina para melhorar a renda em casa. Ele produz vassouras e cestos com materiais recicláveis.

“Eu voltei a estudar porque tinha vontade de ler e escrever e não sabia. Eu conhecia as letras, mas não sabia juntar para falar os nomes. Eu trabalhava fazendo vassouras de garrafas PET e cortava na tesoura. Eu não sabia nem fazer uma pesquisa. Quando entrei na EJA, descobri uma maneira de fazer uma máquina para cortar os litros. Está dando para ganhar mais. Antes eu produzia umas cinco vassouras por semana, hoje produzo 50 vassouras por semana. Agora, eu estou fazendo outra pesquisa para fazer uma máquina elétrica”, explica Santana.

Trabalho em equipe

A gestora da unidade educacional disse que a jornada foi resultado de um trabalho da equipe de forma harmônica.

Parabenizamos toda a nossa equipe, professores, coordenadores e colaboradores que trabalharam arduamente na elaboração e execução desses 5 projetos aprovados pela FAPEMA. Esta exposição na I Jornada Científica, que aborda o tema desigualdade social, só nos mostra que estamos no caminho certo, que a escola Leôncio busca um ensino de qualidade preparando nosso aluno para o exercício da cidadania, da autonomia, da atuação consciente para a construção de sua própria história”, explica Marlete Silva, gestora escolar.

Algumas experiências que foram relatadas serão transformadas em livros. As professoras Lêda Cabral e Lorena Cristina acreditam que a educação pode transformar a vida dos estudantes.

Para a professora Lorena Cristina, da Educação e Jovens e Adultos, a escola tem que atrair o aluno. “Nós queremos que as pessoas mais velhas se se sintam motivadas a voltar à escola e ter um sonho, para que esse sonho se torne realidade. Isso para a gente é uma vitória; muito satisfatório porque estamos contribuindo para a realização de um sonho”, diz Lorena.

Já a professora Lêda Cabral afirma que educação é uma ferramenta de diminuição da desigualdade social. “Este (trabalho) foi pautado em algumas questões norteadoras: Quais são os motivos que os fazem retornar às escolas? O que esses sujeitos têm a dizer, sobre suas idas e vindas pela escola? Qual a importância do conhecimento, da ciência em suas vidas? Qual a importância do conhecimento, da ciência para sua inserção social? Qual a importância da educação para a realização dos seus sonhos, presente e futuro? A partir desses questionamentos, os alunos fizeram mini-livros e, depois, socializamos em outro material”, explicou Lêda Cabral, Prof.ª Dra. em Educação Matemática.

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