A Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres realizou uma live na nessa segunda-feira (08), para celebrar “Dia Internacional da Mulher”. O momento foi de comemoração, mas também de debater os desafios, a exemplo do combate à violência contra a mulher, que tem registrado índices alarmantes no Brasil. Além disso, foi refletido sobre como a justiça e órgãos municipais e estaduais estão atuando para enfrentar a violência em meio à pandemia.

“O 8 de março marca, o compromisso social e institucional, e combate a violência de gênero não apenas em casa, mas também no ambiente de trabalho, na rua, na mídia, com reforço a estereótipos, que mostram a mulher como uma mulher submissa, que deve sempre exibir seu corpo. Agora, durante a pandemia é um desafio estrutural, como fazer uma divisão igualitária do trabalho dentro das residências”, lembra Marcela Lobo, juíza.

A Sala de Bate papo do google meet contou com as presenças de setores importantes, onde a mulher está representada: secretarias municipais, conselhos de direitos, juizados e sociedade civil, dentre outros.

“Eu fui a primeira Secretária da Mulher de Caxias. Eu fiz um trabalho bonito, aguerrido. E, enquanto Assistência Social, fui conhecer todo atendimento, como no CREAS, as famílias com seus direitos violados, temos os CRAS. Ficamos felizes em fortalecer a Rede de Atendimento à Mulher”, destaca Ana Lúcia Ximenes, secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social.

“O nosso objetivo é contribuir com o desenvolvimento das políticas públicas para as mulheres aqui no nosso município. Nós sabemos o quanto é importante estar comemorando esse dia. A mulher com certeza quer ganhar flores e chocolates, mas, acima de tudo queremos o respeito da população”, frisa Jesus Andrade, Presidente do Conselho de Direitos da Mulher.

Dentre os temas debatidos, foi sugerida uma integração formal entre as secretarias e orgãos da justiça, para que a rede de enfrentamento à violência contra a mulher em Caxias seja mais efetiva. Além disso, foi cobrada mais estrutura para a delegacia da mulher, além da Patrulha Maria da Penha.

“É uma questão institucional, é uma decisão política. Eu quero ter uma audiência com o Secretário de Segurança e o Governador. O número de delegados é mínimo e, não sei tecnicamente porque Caxias tem 6 delegados, e Timon tem 26 delegados. O que nós queremos é que nossa delegacia da mulher seja exclusiva, e que a delegacia seja estruturada”, lembra Márcia Marinho, secretária de Políticas para as Mulheres.