O Centro de Atenção Psicossocial Alcool e Drogas – O CAPS AD III, que funciona no bairro ponte, realizou atividade em alusão ao dia 18 de maio que marca a Luta Antimanicomial, momento em que, por força da lei Paulo Delgado de 2001, inicia a luta pelo fechamento dos manicômios e hospitais psiquiátricos e a abertura dos centros de atenção psicossocial, com mais humanidade.

Com a reforma na Lei se fecha os manicômios e abre-se os Centros de Atenção Psicossocial, entendendo que cuidar não é prender. É preciso entender que a pessoa que está com algum transtorno mental, precisa está com a família, sair em sociedade, e, não ficar trancafiado. Mas a luta continua porque existe muita coisa para se fazer ainda em torno da saúde mental. Aqui no CAPS eles passam por um acolhimento, depois por uma triagem, pelo psicólogo, pelo psiquiatra, e, a partir daí é feito um acompanhamento. Cada paciente tem um acompanhamento diferenciado. Temos terapia ocupacional, área para internação, refeições, medicação. Quanto mais usuários sendo atendidos, menos danos para a sociedade”, ressalta Luís Fernando, Diretor do CAPS AD III.

Uma senhora que reside em São João do Sóter e prefere não ser identificada, há aproximadamente uma semana trouxe o filho de 37 anos para ser atendido no CAPS AD. Ele está internado e recebendo a medicação. O filho dela é uma das 80 pessoas que atualmente são acompanhadas na unidade. Ela está confiante na recuperação do filho.

“Esse tratamento aqui está sendo muito bom pra mim, e pra ele melhor ainda. Graças a Deus fomos bem recebidos. São pessoas que prestam atenção à gente. É um processo que está no começo, mas ele está sendo medicado direitinho. Eu confio que tudo vai dá certo, porque do jeito que ele chegou para o que está agora, ele está melhor, já está me atendendo, ele não me atendia, estou confiante”, fala entusiasmada a mãe de usuário do serviço o CAPS.

Para o enfermeiro Adoldo Júnior, que trabalha com os usuários do serviço acolhendo a pessoa que chega destruída pelo álcool ou outras drogas, afirma que além o atendimento psicossocial, o apoio familiar é fundamental. A enfermeira e coordenadora do CAPS Infanto Juvenil durante palestra ressaltou os avanços e os desafios de quem lida com a atenção de pessoas com transtornos mentais.

“A gente trabalha com esse acolhimento, insere a família nesse acompanhamento. O paciente às vezes chega em surto psicótico, e, a gente convida a família para está junta com essa assistência. O papel da família é primordial no cuidado e toda parte assistencial do paciente”, explica Adoaldo Júnior, enfermeiro.

A saúde mental está equipando sua rede, reestruturando o atendimento. Com relação aos avanços, temos evoluído muito com relação à comunicação em parceria com o programa de saúde na escola, com a estratégia saúde da família e também com a educação inclusiva. Como principal desafio ainda tem o preconceito dos outros setores da sociedade em atender uma pessoa que faz tratamento no CAPS e também os outros profissionais de outras áreas, compreenderem uma pessoa que necessita de cuidados especiais e o recebe-lo no seu serviço de saúde, na escola, ou social”, Conceição Moura, explica a coordenadora do CAPS Infanto Juvenil.

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