A Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (SEMECT), por meio do Núcleo de Memória e Cultura, realizou uma homenagem especial na manhã da última quarta-feira (16), na sede da própria Secretaria, ao poeta Antônio Gonçalves Dias, que nasceu em 10 de agosto de 1823, em Caxias. As celebrações são em alusão aos 194 anos do nascimento ilustre do filho da “Princesa do Sertão”, que é símbolo do romantismo brasileiro.

Wybson Carvalho, poeta caxiense, lançou na ocasião a obra: Oceanos não Pacíficos, conto, poemas, textos e ilustrações. A segunda edição da obra presta homenagem a Gonçalves Dias. A primeira edição nasceu de um convite realizado a Wybson Carvalho, para que prestasse uma homenagem a Gonçalves Dias na 10ª Feira do Livro, em São Luís do Maranhão.

“Coincidentemente no mês de agosto de 1823, também nascera outros poetas caxienses, como: Joaquim Vespasiano Ramos, no dia 13; e no dia 15 de agosto, Raimundo Nonato da Silva, nosso Del Silva, mas, Gonçalves Dias é o maior. Toda a sua obra, seja no campo literário, no campo da convicção psicossocial e humana. Uma de suas obras “Meditação”, mostra o seu campo filosófico, no seu campo filólogo. Ele sempre despertou um pertencimento mundial. É o maior nome do romantismo mundial. Eu fiz um livreto no qual eu coloquei um conto “Oceanos não pacíficos”, tornando possível o amor entre ele e Ana Amélia, e, também, muitos poemas de cunho românticos em homenagem aos amores impossíveis, que todos nós, todos nós seres humanos temos, dentro de nós, acasalados um amor impossível. E com esse livrinho, eu obtive um grande sucesso em São Luís. Tenho agora uma segunda edição que eu ofereço aos caxienses a partir de hoje”, explica Wybson Carvalho, poeta caxiense.

Intitulado “Corredor Literário”, o evento além de lembrar o aniversário de Gonçalves Dias, também celebra o Dia da Cultura Caxiense (10 de agosto), que foi instituído por meio da Lei 1.207 de 08 de janeiro de 1992. A coordenadora do Núcleo de Gestão, Memória e Cultura, e a secretária Ana Célia Damasceno, lembraram que o poeta Gonçalves Dias é o maior nome da cultura caxiense.

“Nós que somos caxienses, mais do que todas as pessoas, devemos honrar a memória de Gonçalves Dias. Foi ele quem deu base para a lei do Dia da Cultura Caxiense, e que também embasa a nossa comemoração aqui na Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia. A memória é importante porque é o momento em que nós pressentíamos o passado. Quando fazemos isso, nós estamos valorizando Gonçalves Dias”, disse Francigelda Ribeiro, coordenadora do Núcleo de Memória e Cultura.

“Nós só temos que agradecer. Nós somos cidadãos caxienses, cidadãos Gonçalvinos. Eu tive o prazer de levar essa marca para fora do Brasil, quando estive estudando fora. Levei a poesia de Gonçalves Dias. Nossos alunos, nossas crianças também podem ser grandes Gonçalves Dias. Realmente Gonçalves Dias rompeu fronteiras. Quando eu recitei a “Canção do Tamoio”, os paraguaios todos me aplaudiram, porque lá, todos conhecem a poesia de Gonçalves Dias. Onde a poesia de Gonçalves Dias chega, ela é sempre bem vinda. Por isso que este governo, o governo Fábio Gentil, tem o interesse de promover momentos como esses. Aqui estamos promovendo o corredor literário, e estamos começando com Gonçalves Dias”, destacou Ana Célia Damasceno, secretária de Educação, Ciência e Tecnologia.

O evento, animado pelas atrações musicais Marechal e Walter Santer, contou com a presença de gestores, professores e professoras, além de servidores municipais, estudantes da U.E.M Leôncio Alves Araújo e a Associação dos Deficientes Visuais da Região dos Cocais, onde todos renderam homenagens ao imortal da literatura caxiense.

“Gonçalves Dias é uma figura de uma imagem muito forte para Caxias. A nossa cidade é muito ressaltada por ter um cidadão tão grandioso quanto Gonçalves Dias. Eu vou declamar “se te amo, não sei”, de uma forma romântica. O nosso poeta fez diversas poesias lindíssimas, mas ele também era muito romântico”, ressalta Lêda Rodrigues, professora.

“Nós escolhemos a canção do exílio, cada um vai recitar uma parte. Gonçalves Dias foi um homem muito bom”, disse Jasmine Vitória, aluna da U.E.M Leôncio Alves.

“Eu recitei I Juca Pirama. A influência vem desde criança mesmo. Minha mãe é professora de português e eu fui criada neste ambiente de poesia e cultura. Na verdade, essa poesia eu aprendi para um sarau da escola no ensino médio em homenagem a Gonçalves Dias, o sarau não aconteceu e a poesia ficou na memória, ficou guardada. Hoje é o momento de realizar esse desejo reprimido, porque eu lembro que na época, minhas amigas ficavam me dizendo que não aguentavam mais me ver recitando essa poesia. Então hoje chegou o dia”, disse Iasmine Caroline Silva, advogada.

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