MULHER – II Roda de Conversa sobre Visibilidade Lésbica é realizada em Caxias
A II Roda de Conversa sobre Visibilidade Lésbica foi realizada na Praça Duque de Caxias, no Morro do Alecrim, nessa sexta-feira (24). Promovido pela Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres (SMPPM), o evento reuniu diferentes segmentos sociais.
“Estamos aqui, no segundo ano do evento, para afirmar que não é vergonhoso, não é errado, não é pecado. Somos seres humanos capazes de amar e o que buscamos é respeito e dignidade”, destaca Lícia Raquel, UMA/LGBT.
“É um momento importante onde a Secretaria da Mulher e o Conselho da Mulher estão chamando essas mulheres para que, de modo geral, possamos desenvolver ações que contemplem os seus direitos. Precisamos ir às ruas e dar visibilidade à mulher, independentemente de sua opção sexual”, frisa Jesus Andrade, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.
“Acredito que seja um momento de fortalecimento e organização de um movimento social importante como as lésbicas. Ele defende o dia 29 de agosto como o Dia Nacional de Visibilidade Lésbica. As mulheres lésbicas são invisíveis, o que significa que as políticas nacionais não são voltadas para elas, como a Política de Saúde e a Política de Segurança Pública”, explicou Elaine Nascimento, pesquisadora da Fiocruz do Piauí.
Dentre os temas abordados estiveram a visibilidade lésbica, que é uma temática em discussão desde 1996 no Brasil, e o combate à lesbofobia, que é o preconceito contra mulheres lésbicas.
“Discutir a visibilidade lésbica, dentro de um contexto geral, é importante para que possamos retratar a violência que as lésbicas sofrem e essa invisibilidade que a gente vive no meio machista, héterosexista e misógino”, explica Camila Doodement, advogada da AGLEPS.
Para a secretária Taniery Cantalice, o objetivo da SMPPM é dialogar com os mais diferentes segmentos da sociedade, sempre respeitando cada um em suas manifestações.
“Existem ainda muitos preconceitos e valores tradicionais da família, mas isso não deixa de fazer com que a mulher seja digna. Pelo contrário, ela está se empoderando e mostrando quem ela é e quem ela quer ser”, enfatiza Taniery Cantalice, secretária da SMPPM.
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