O combate ao trabalho infantil na rede de atenção à saúde do município de Caxias foi tema de uma oficina realizada pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST). O encontro realizado no auditório do CESC/UEMA reuniu os seguimentos: segurança pública, assistência social, Ministério Público e conselhos municipais.

Uma peça teatral retratou os diversos assuntos discutidos, tais como o trabalho infantil e os efeitos jurídicos, a saúde da criança e do adolescente, no contexto do trabalho infantil na atenção primária; apoio sócio-assistencial à criança e ao adolescente em condição de trabalho infantil; consolidação do fluxo de atendimento da criança e do adolescente em condições de trabalho infantil.

Para a presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Katia Braga, um trabalho intersetorial que reforça a luta de combate ao trabalho infantil representa a oportunidade de saber dentro da área da saúde quais os danos que podem ser causados às crianças que se submetem ao trabalho infantil.

Eliel dos Santos, coordenador do CEREST, falou sobre o evento. “Estamos cumprindo uma agenda que segue orientações do Ministério da Saúde. Vale ressaltar que o dia 12 foi o ‘Dia D’ do combate ao trabalho infantil e nesta oficina estamos consolidando um fluxo de atendimento para a criança em situação violada análoga ao trabalho infantil, que está no território e que precisa de uma melhor qualidade de assistência”, relatou.

O secretário Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Professor Chiquinho, falou sobre a rede de proteção criada no município para combater o problema do trabalho infantil.

“Desde 2017 intensificamos esse trabalho da rede de proteção. Formamos um tripé com as secretarias de Saúde, de Assistência Social e de Educação, que são as que têm uma maior frequência de crianças e adolescentes, para que a gente pudesse fazer as notificações, levantamento e intervenções necessárias. A gente tem chamado a atenção para a saúde e o desenvolvimento dessas crianças, que não podem trabalhar, pois futuramente podem ter problemas. Por isso fazemos um trabalho de prevenção, que é uma responsabilidade do município”, explica o secretário.

Para a secretária municipal de Saúde, Dra. Socorro Melo, o trabalho infantil é um problema de saúde pública que afeta a vida do cidadão por toda a sua existência e, através do CEREST, acontece a sensibilização da comunidade como um todo, com um trabalho bem mais eficaz e mais efetivo para minimizar ao máximo os efeitos que o trabalho infantil possa causar.

“Essa intersetorialidade é muito importante para a sensibilização, pois as estatísticas são tristes e volumosas no Brasil, sendo que o Maranhão é o quarto estado do país em trabalho infantil. A criança que trabalha compromete seu desenvolvimento e tem repercussões físicas e emocionais. Criança tem que brincar e estudar”, completou a secretária.

Veja mais fotos:

 

Palavras chaves: ,