A reunião do Comitê Intersetorial de Monitoramento e Acompanhamento da Elaboração do Plano Estadual de Enfrentamento à Mortalidade da Juventude Negra esteve reunido no auditório da escola Ruy Frazão, entre os bairros Nova Caxias e Refinaria, para uma capacitação, que é a apresentação do diagnóstico da vulnerabilidade da juventude negra no Maranhão e em Caxias. O resultado desse diagnóstico vai compor o Plano Juventude Viva, que está sendo construído pelo Governo do Estado do Maranhão.

“Toda a população foi representada de alguma forma. É importante que a juventude negra seja escutada, quase sempre o jovem negro não é escutado. Somos a maior população carcerária, mas ainda somos a minoria em cargos de poder. Esses momentos são exatamente para discutir esses problemas e a partir daqui os jovens negros possam ter mais espaço”, disse Eduardo Ramos, estudante de enfermagem.

“Nós estamos na segunda etapa do projeto, que é a apresentação do diagnóstico, porque foi feito um estudo sobre a juventude negra no Maranhão, e mostrou o quadro que essa juventude passa. O Mapa da Violência mostrou que em 2017 o Maranhão já tem 9 cidades com maior índice de vulnerabilidade para a juventude negra. Por isso, a importância desse processo de provocar os municípios para que possam criar seus planos municipais e enfrente essa realidade e, paralelo a isso, o Governo do Estado vem colher proposta para a elaboração do Plano Estadual”, lembra Socorro Costa, coordenadora do Programa Juventude Viva no Estado.

O Comitê Intersetorial é composto por integrantes do estado, da sociedade civil e do Governo Municipal. O objetivo é contribuir com um Plano Municipal de enfrentamento à vulnerabilidade da juventude negra. Caxias aparece como a 2ª cidade no estado com esse índice. O plano visa garantir que as políticas públicas afirmativas sejam executadas.

“Nós começamos a elaborar algumas propostas, mas essas propostas ganham corpo quando o Comitê vai a campo para ver determinados bairros de Caxias que aparecem com maior índice de vulnerabilidade e comece a criação de estratégias e comece a articulação e as intervenções no município”, ressalta Taciana Cardoso, coordenadora do Comitê Municipal (Juventude Viva).

“Nós sentamos, conhecemos quem são os órgãos indicados e hoje estamos passando por uma capacitação pela Secretaria Estadual de Juventude. O Comitê se constitui, a gente cria uma agenda, onde a gente possa iniciar uma discussão com a sociedade, onde todos possam se envolver para que pensemos as estratégias para preservar a juventude negra”, lembra Kátia Braga, coordenadora municipal de Juventude de Caxias.

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