Agentes de Combate às Endemias (ACE) lotados na Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) de Caxias participaram de treinamento sobre raiva animal. A capacitação foi ministrada por meio de palestra por técnicos da Agência de Defesa Agropecuária (AGED) e foi motivada após a confirmação do primeiro caso de raiva bovina na zona rural do município.

“Nós viemos apresentar para os agentes o que é a AGED e, por meio dessa parceria, queremos divulgar nosso trabalho na parte de sanidade animal, que é preventivo também. Eles estão mais próximos das comunidades rurais e queremos a colaboração deles para repassar um maior número de informações aos criadores”, frisou Eduardo Leite, fiscal agropecuário da AGED Caxias.

O objetivo do treinamento é orientar os ACE sobre como proceder ao se depararem com casos suspeitos da doença. Eles irão auxiliar a AGED, repassando informações aos criadores e identificando os animais vítimas das endemias.

“Essa palestra só veio somar para nosso conhecimento sobre a doença e as atividades da AGED, o que vai ser útil durante nosso trabalho de campo”, disse o ACE Josemir Meireles.

Durante o treinamento, que ocorreu na sede da UVZ, os agentes conheceram um pouco sobre os sintomas que o animal contaminado apresenta, como apatia, isolamento do restante do rebanho, agressividade, andar cambaleante, dificuldade para engolir líquidos, paralisia dos membros, dentre outros.

O principal agente transmissor da doença em bovinos é o morcego hematófago, que também pode infestar outros animais silvestres e até domésticos, a exemplo dos cães e gatos.

Após a transmissão, o vírus desloca-se para o sistema nervoso e o curso da doença leva em média 10 dias. O período de incubação da enfermidade varia de 3 a 15 semanas. Estima-se que a raiva seja responsável pela morte de cerca de 50 mil bovinos por ano no Brasil.

De acordo com os técnicos da AGED, o controle da raiva dos herbívoros se dá com a vacinação preventiva do rebanho bovino, realizada pelo órgão duas vezes ao ano, com a vacinação contra a aftosa. Por sua vez, a UVZ, por meio dessa parceria, realiza o controle populacional do morcego hematófago, com a captura dos morcegos nas propriedades para evitar o surto da doença.

“É necessário que haja essa parceria entre todos os setores da sociedade nesse momento para que as informações possam chegar à população de uma forma segura e que cada um possa saber qual papel desenvolver no controle de combate à raiva”, enfatizou Sheila Moraes, enfermeira da UVZ.

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