SAÚDE – Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Caxias e o trabalho que salva vidas
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Caxias é a referência no atendimento a pacientes com síndromes gripais, para casos suspeitos e confirmados da covid-19 na cidade. Nossa reportagem conversou com o diretor da unidade, Daniel Neto, sobre o atendimento de pacientes.
“A UPA é a referência no atendimento à covid-19. Nós temos quatro médicos na linha de frente, fazendo o atendimento de ponta, e dois fazendo o atendimento internamente. Com pacientes de terapia intensiva e outros de cuidados intermediários. Hoje nós contamos com 200 profissionais, entre médicos, enfermeiros, serviço social, raio X, equipe de manutenção, serviços diversos, porteiros, maqueiro e equipe de farmácia”, afirma o diretor da UPA.
Os pacientes recebidos passam por uma triagem, que aponta como serão assistidos dentro da unidade. “Aqueles pacientes que apresentam sintomas gripais passam pela triagem, verificados os sinais vitais. A partir daí, toma-se a conduta de internação para pacientes graves ou orientação de isolamento domiciliar para pacientes assintomáticos”, explica Daniel Neto.
Uma vez confirmado que se trata de um caso positivo da covid-19, todo o procedimento de saúde é feito, seguindo o protocolo do Ministério da Saúde.
“Testando positivo, os pacientes com sinais de gravidade, a internação é imediata. Temos o suporte de internação e a medicação, de acordo com o protocolo do Ministério da Saúde”, afirma.
A técnica de laboratório Rivane de Oliveira explica como acontece este processo. “Nós tiramos o sangue do paciente, colocamos no tubo. Em seguida, colocamos na centrífuga, de cinco a dez minutos. Depois desse tempo, nós pegamos o soro, colocamos no teste e aguardamos de 15 a 20 minutos. Ao sair o resultado, nós encaminhamos para a doutora, quando dá positivo. E, quando dá negativo, nós mesmos do laboratório damos o resultado para o paciente”, explica.
Há, porém, os pacientes que testam positivo, que precisam ficar internados na UPA, e outros que ficam em isolamento domiciliar. O diretor explica que tipo de acompanhamento é feito em cada caso.
“O paciente que positiva com sinais de gravidade, que é o desconforto respiratório, a febre persistente e a tosse, esse é internado de imediato. Agora, o paciente que positiva, mas é um paciente assintomático, que ainda é uma fonte de transmissão, é orientado a ser feito um tratamento domiciliar, sendo acompanhado pela Vigilância Epidemiológica e Atenção Básica”, explica Daniel Neto.
O diretor finaliza destacando a importância do isolamento social para que a curva de contaminação seja diminuída. É importante que cada pessoa faça a sua parte.
“O intuito é que todos deem as mãos e cada um faça a sua parte. Vamos deixar a sociedade toda orientada, que neste momento que a gente visa a queda nesta curva, o isolamento social é de fundamental importância”, reafirma.
Para cada médico, a maior alegria é poder liberar um paciente curado. Até o momento, 47 pacientes de Caxias e região já tiveram o prazer de receber o anúncio pelo médico de que estão curados e que venceram a doença.
“Eles estão saindo da unidade com bastante critério, bastante responsabilidade e comprometimento da equipe, está conseguindo devolver estas pessoas pro leito familiar para que elas possam seguir junto a suas famílias em condições de saúde. Eu já estava no terceiro plantão, e estava esperando ansioso por esta oportunidade pra dar as primeiras altas para estas pessoas. A gente fazia o Boletim Médico e nem sempre podia dar a notícia que a gente queria dar, uma notícia boa”, frisa Dr. Leosk Pinto Soares, médico da UPA.