O enfrentamento à covid-19 no município tem sido realizado de maneira planejada e com muita responsabilidade. Desde o início dos trabalhos para enfrentar os efeitos da pandemia, a gestão municipal tem lançado mão de muitas estratégias, nas quais, por um lado, busca-se diminuir a contaminação com as orientações para incentivar o isolamento e o distanciamento social, o uso de máscaras, lavagem das mãos com água e sabão ou com álcool em gel 70%; por outro lado, para tratar os sintomas de síndromes gripais ou enfrentar os casos confirmados da covid-19, o município tem realizado o fornecimento da medicação usual para este fim conforme protocolos do Ministério da Saúde.

Toda a medicação para suprir as necessidades de todas as 37 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e dos hospitais municipais que enfrentam a covid-19 no município fica no Centro Médico, hospital de campanha alugado pelo município. É de lá que, conforme a necessidade de cada unidade de saúde, todos os medicamentos são fornecidos, até chegar às mãos dos pacientes por meio de prescrição médica.

“Aqui nós fazemos a preparação dos kits que são enviados para as UBSs e também para os hospitais Centro Médico, UPA e Complexo Municipal de Saúde Gentil Filho. Nós atendemos conforme a demanda, as UBSs entram em contato com a gente e é enviada a quantidade que elas precisam. Quando o kit chega à UBS, eles devolvem a receita do kit que foi enviado anteriormente. Os kits são dispensados conforme prescrição médica”, explica Dgerson Rômulo, farmacêutico da Atenção Básica e da Farmácia Básica.

Dgerson afirma que a demanda pelos medicamentos está mais estabilizada, diferente do que ocorria no começo da pandemia, quando era difícil encontrar uma medicação adequada para o enfrentamento. Com o estabelecimento de uma medicação padrão, conforme os protocolos de saúde, o município pôde desenvolver um trabalho mais direcionado ao enfrentamento da doença, o que faz com que atualmente todas as UBSs e demais unidades de saúde tenham condições de fornecer os medicamentos aos pacientes que precisam tratar os primeiros sintomas da covid-19, para que, quando for fazer a testagem, o paciente já esteja praticamente recuperado.

“Estabilizou muito. Antes a gente atendia entre 30 a 40 kits diários. Agora, algumas UBSs, a gente está enviando semanalmente. A gente acredita que depois da implantação dos kits, do uso dessa medicação pelos pacientes, diminuíram também os casos em internação hospitalar. Os pacientes estão sendo tratados em casa, a doença não evolui no paciente, e muitos pacientes não precisam procurar o sistema hospitalar. Alguns dias atrás até mesmo nas farmácias de rede essa medicação era escassa, e quando tinha era de preço abusivo, ou seja, pessoas mais carentes não tinha acesso, sendo que o município tem a medicação e é gratuita”, afirma o farmacêutico.

De acordo com Camila Lopes, coordenadora da Atenção Primária, a população está compreendendo que o primeiro atendimento é na UBS e que também o tratamento é independente da testagem, sendo importante que os sintomas sejam avaliados e que as medicações sejam prescritas conforme os sintomas que os pacientes apresentam. O fornecimento da medicação tem ajudado a fazer com que os pacientes já cheguem para fazer o teste com o tratamento iniciado.

“A população entendeu que o tratamento é independente do teste. É importante que os sintomas sejam avaliados e que as medicações sejam prescritas pelo profissional de saúde, baseados nos sintomas que o paciente apresenta. Posteriormente a isso, se monitora o período da doença e se houver critério ele é encaminhado ao teste. Grande parte das pessoas já chegam ao teste com o tratamento iniciado”, afirma a coordenadora.

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