SAÚDE – Atenção Primária amplia atendimento aos caxienses com UBSs em horário estendido até às 22h em 6 bairros em tempos de covid-19
A saúde de Caxias também foi tema do Programa Contra Ponto, da TV Guanaré, nesse sábado (8), que recebeu Camila Lopes, coordenadora da Atenção Primária do município, órgão responsável pela administração das Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Ao todo, são 37 UBSs, contando zona urbana e rural. Na semana passada entrou em funcionamento a sexta UBS com horário estendido até as 22h pelo Programa Saúde na Hora, que vai oferecer os moradores da comunidade do bairro Salobro a oportunidade de contar com os mesmos serviços oferecidos durante o dia. Já estavam em funcionamento até às 22h as UBSs dos bairros Antenor Viana, Residencial Vila Paraíso, Volta Redonda, Campo de Belém e Cohab.
“O município foi habilitado para o Programa Saúde na Hora para 10 Unidades Básicas de Saúde. Nas próximas semanas nós vamos abrir mais duas unidades. O que é importante mencionar é que estamos abrindo com cautela, porque a gente não vai abrir um serviço sem ter condição de dar continuidade a ele”, lembra Camila Lopes.
A coordenadora destacou que a população já sabe que está mais informada sobre a importância de procurar a UBS como o primeiro atendimento em qualquer suspeita de covid-19, pois, segundo ela, o objetivo é tratar o paciente desde os primeiros sintomas no município.
“A gente teve muito apoio da gestão quando foram implantadas as cabines, os carros de atomização, o distanciamento social, o fechamento do comércio. Avalio como o momento correto, porque se naquele momento não tivesse tomado aquela decisão, hoje a situação poderia estar mais difícil. A gestão chamou pra guerra e a gente aceitou. Então, como a gente poderia ajudar na Atenção Primária? Era captar o paciente no tempo oportuno. A gente precisa da medicação dentro das unidades básicas, então hoje as unidades básicas entregam a medicação à medida em que o paciente tem sinais clínicos. A consulta médica é fundamental, a gente não entrega medicação sem receita. Então, a população entendeu que era preciso chegar para consultar. E, independente do fechamento do diagnóstico, é covid-19 ou não, eu vou tratar o que estou sentindo, porque se for covid-19 eu já vou chegar no nível da doença controlado e menos leitos de hospital eu vou ocupar”, explica.
A coordenadora também lembrou sobre o acompanhamento das famílias que estão com covid-19 em casa e como este acompanhamento tem sido importante. “Estas visitas também foram muito importantes no quesito de contaminação familiar. Tem pessoas que moram numa casa que não podem se isolar, então a gente precisava chegar nesse paciente. A nossa experiência dentro destas residências era de orientação mesmo, de educação em saúde”, frisa Camila Lopes.
Ela finalizou a entrevista agradecendo a todos os colaboradores pela qualidade do serviço prestado em toda a rede municipal de saúde. “Nós procuramos trabalhar sempre em afinidade de equipe. A gente entendeu que sozinho não iria a lugar nenhum. Hoje, o psicólogo, assistente social, enfermeiro, médico, fisioterapeuta, a gente valoriza a equipe. Aquela figura de que só o médico resolve a situação, ela não existe mais na saúde de Caxias. A recepcionista, o vigia, o porteiro, o zelador, todos têm importância”, destaca.