O enfrentamento à covid-19 em Caxias (MA), também é realizado junto às mulheres que dão entrada na Maternidade Carmosina Coutinho. Considerando o maior risco em que mulheres grávidas e puérperas estão expostas com o advento da covid-19, a Maternidade tem se baseado nos protocolos do Ministério da Saúde e no fluxo interno, que foi elaborado em parceria com o Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 e a Secretária Municipal de Saúde, a fim de proteger todas as mulheres que são assistidas.

Com uma média de mais de 400 nascimentos por mês, a Maternidade Carmosina Coutinho tem uma grande demanda diariamente de gestantes, tanto de Caxias, quanto de outros 54 municípios. A diretora da Maternidade Carmosina Coutinho, Márcia Sousa, explicou sobre o protocolo de tratamento à gestante.

“O protocolo de atendimento à gestante é o mesmo que o Ministério da Saúde utiliza. Todos nós sabemos que a gestante e a puérpera ela tem um risco consideravelmente maior, devido ao estágio da gestação. Todas as gestantes com leves sintomas respiratórios são orientadas a procurar o serviço da Unidade Básica de Saúde (UBS), onde elas são orientadas durante o Pré-Natal, e também são realizados os testes rápidos e de SWAB na Atenção Básica. Durante a consulta do Pré-Natal, as gestantes já são orientadas pela estratégia Saúde da Família, para que caso elas apresentem algum sintoma, elas sejam avaliadas pela própria Unidade Básica de Saúde”, conta Márcia Sousa, diretora da Maternidade Carmosina Coutinho.

Embora exista o encaminhamento à rede de saúde, a Maternidade também conta com leitos exclusivos para atender às mães, assim podendo ser acompanhadas na própria maternidade por estarem em atendimento na unidade. Para as grávidas que sentirem sintomas moderados ou graves, Márcia Sousa, explica sobre o procedimento que é realizado.

“Se os sintomas estiverem mais moderados, como desconforto respiratório, tosse persistente, cefaléia intensa, essa gestante é encaminhada diretamente a Maternidade Carmosina Coutinho. Aqui, o obstetra vai avaliar, e de acordo com avaliação obstétrica, vamos verificar se essa gestante realmente precisa de internação ou de uma terapia intensiva. Quando ela chega aqui vai ser feita essa avaliação, se for leve ela é devolvida para a Atenção Básica. Caso sentirem sintomas moderados ou graves, os moderados ficam aqui na Maternidade, a gente tem enfermarias dedicadas a estes casos, com a equipe que fica prontamente disponível para estas gestantes, e também para as puérperas. Tem algumas gestantes que evolui o parto muito mais rápido, e terminam dando à luz, as que são portadoras de covid-19 ficam aqui. E, os casos realmente graves, que precisam de cuidados mais intensivos são encaminhados para o Complexo Hospitalar Gentil Filho, onde elas irão receber atendimento na Unidade de Terapia Intensiva”, relata Marcia Sousa, diretora da Maternidade Carmosina Coutinho.

A diretora da Maternidade também desfez uma dúvida da maioria das mães, que têm receio em amamentar a criança, caso esteja acometida pela covid-19. Após o parto, a paciente com covid-19 não é impossibilitada de amamentar. A diretora ressalta que alguns cuidados deverão ser tomados durante esse processo de amamentação: “Durante a amamentação, a mãe deve estar de máscara, ter feito a higienização da mão, dos braços, e após a amamentação, manter o distanciamento do recém-nascido. Então, se ela tiver que tirar a máscara ou fazer alguma coisa, ela tem que deixar esse bebê afastado, no mínimo de um metro e meio à dois metros de distância dela para evitar esse contágio. Aqui na Maternidade nós já tivemos alguns casos de recém-nascidos com covid-19, mas sem grandes sintomas e que tiveram boa evolução”, finaliza.