SAÚDE – SAMU e UBS’s voltam a registrar aumento de casos suspeitos de covid-19
O grande número de aglomerações e o relaxamento da população em relação as medidas de prevenção contra a Covid-19, tem aumentado o fluxo de atendimento pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e nas unidades de saúde de Caxias, causando atraso e congestionamentos nos serviços de saúde do município. O SAMU registrou um aumento nos últimos 15 a 20 dias nos atendimentos de casos de covid-19 em aproximadamente 90%. Já os traumas, resultado de pessoas que estão aglomerando e saem em veículos, e provocam ou sofrem acidentes, subiu em aproximadamente 50%.
A diretora do SAMU Caxias, Rita Paz, fala sobre a preocupação em relação ao aumento dos atendimentos devidos as aglomerações. “Isso nos preocupa muito porque enquanto os profissionais de saúde, tanto o SAMU, como as unidades hospitalares, a Atenção Primaria, estão lutando para combater essa pandemia, a gente observa que algumas pessoas estão agindo como se tudo estivesse normal. Observamos os aglomerados nos fins de semana, causando um aumento nos atendimentos voltados para os traumas, sem falar no grande fluxo que nós já estamos ultrapassando por conta da pandemia do coronavírus. Então mediante a esses aglomerados dos fins de semana, isso termina gerando uma violência maior no trânsito, aumentando o fluxo para as unidades hospitalares e consequentemente aumenta o número de pessoas contaminadas”, afirma Rita Paz, diretora do SAMU.
A diretora pede mais consciência por parte das pessoas, para que a saúde dos caxienses sejam preservadas. “O que a gente precisa é que todos nós tenhamos a consciência de que nós precisamos entender que ainda estamos ultrapassando momentos difíceis. Tem pessoas lutando pela vida, tem pessoas lutando para salvar vidas, como os profissionais de saúde. Colocando a sua vida, a vida da sua família em risco para tentar salvar a vida do próximo. Não é justo que cada um não procure fazer sua parte”, frisa.
Luara Feitosa, médica da central de regulação do SAMU, falou sobre as consequências do descumprimento das medidas de prevenção contra a covid-19. “Nos últimos finais de semana a gente vem percebendo, aqui na central de regulação do SAMU, via 192, um aumento do número de ocorrências traumáticas, acidente, ferimento por arma de fogo, ferimento por arma branca, decorrente de brigas, de aglomerados. A gente vê que a população de Caxias não está respeitando o isolamento e está ocasionando o aumento no número de casos. O SAMU vem em uma questão de muitas ocorrências de uma demanda gigantesca, e realmente as consequências são as piores possíveis. Estamos com uma terceira onda em mente, esperando que aconteça porque realmente a gente não está cumprindo o isolamento”, disse.
Além do Serviço de Atendimento Móvel de Emergências (SAMU), a Atenção Primária e Vigilância em Saúde também registrou aumento no número de atendimentos, principalmente nos primeiros dias da semana, segunda, terça e quarta-feira. Rubenilson Luna, Coordenador da Atenção Primária e Vigilância em Saúde, explica a preocupação em relação ao aumento de atendimentos..
“É verdade que a população agora está se aglomerando muito mais do que antes, e isso vem refletindo no serviço de saúde. Na atenção primária, nos postos de saúde, nas segundas, terças e quartas, principalmente, que são os três dias de início de semana, os atendimentos aumentaram bastante, principalmente de síndromes gripais. A gente está preocupado com isso e pede a população que mantenha o distanciamento social, que utilize máscara aonde for e que lave as mãos e use o álcool em gel para que não haja disseminação do vírus. Isso é muito preocupante porque temos toda uma demanda para dar assistência a população, não é somente síndrome gripal e covid-19 que atendemos, nós atendemos de tudo que a população precisa, mas a covid-19 vem assustando a gente”, enfatizou.
O Boletim Epidemiológico dessa sexta-feira (21), aponta que Caxias chegou a 11.798 casos confirmados da covid-19 desde o começo da pandemia; 47.239 testes rápidos já foram realizados; 10.384 pessoas foram recuperadas; 68 pessoas encontram-se em internação hospitalar; e 360 óbitos já foram registrados.
Embora a quantidade de internações esteja estabilizada, não há motivo para relaxar com as medidas preventivas. A Prefeitura Municipal reforça a necessidade das pessoas seguirem os protocolos de distanciamento, uso de máscara e lavar as mãos com água e sabão, além do álcool em gel 70%.