Produtores do Povoado Bonito, terceiro distrito de  Caxias (MA), aproximadamente 15 km da zona urbana, já iniciaram a colheita de melancia da safra 2021. Os produtores Lucídio Nunes e Francisco das Chagas (Branco), beneficiaram uma área de 3,5 hectares, e utilizaram o sistema de fertirrigação, uma técnica de adubação que utiliza a água de irrigação para levar nutrientes ao solo cultivado. Aqui a expectativa é retirar entre 50 e 60 toneladas por hectare. Eles também têm o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca de Caxias (MA), que presta assistência técnica.

“Este ano não vai ser como ano passado, mas vai chegar a 60 toneladas por hectare, a expectativa é essa. Nós tivemos algumas variações do clima, mas vai dá pra ter uma boa colheita. Estamos fazendo acima da média”, afirma Francisco das Chagas (Branco), produtor.

“A Secretaria conta com um corpo de profissionais que presta assistência técnica passando as melhores informações de qual o manejo adequado, no caso a cultura da melancia, o manejo do solo. Aqui a adubação é via irrigação, a gente trabalha por fertirrigação o que é um diferencial para que a cultura atinja um ponto máximo. Nesse caso, ela está cumprindo as expectativas. Depois de nascida ela leva de quatro a cinco dias para emergir ao solo. Após a emergência, em torno de 54 dias ela está no ponto de colheita. Porque aqui na nossa região a gente tem um tempo mais longo, temos mais de 8 horas de sol”, disse Luciana Soares, secretária municipal de Agricultura e Pesca.

Este ano, por conta da variação climática, houve uma queda na produtividade em relação ao ano passado, quando se alcançou mais 76 toneladas por hectares, superando a média nacional. Toda a produção já está vendida, ou seja, é a prova de que existe um mercado grande para melancia em Caxias (MA).

“Nós aumentamos a área. Ano passado era 1,5 hectare, e agora são 3,5 hectares. Essa área não foi tão produtiva como ano passado por conta do clima que mudou. Tivemos chuvas extemporâneas, e isso prejudicou. Acredito que estamos produzindo 30% a menos. Mas as peças são muito boas. Tem pessoas que ultrapassam os 20 kg. Aqui nós seguimos todas as orientações técnicas, e isso facilita”, destaca Lucídio Nunes, produtor.

“Nós temos potencial para produzir a melancia e outras culturas, como tomate, dentre outras. As vezes o produtor tem alto custo e pouco rendimento por falta de uma assistência técnica. Primeiramente é importante o planejamento. Tem que saber quanto vai gastar, para ter uma estimativa de quanto vai produzir e o quanto vai arrecadar em dinheiro”, afirma Adailton Mateus, técnico em agropecuária.

Embora seja considerada uma pequena área, o que faz a diferença por aqui além da determinação dos produtores, é seguir as orientações técnicas, que dá resultado. Este ano algumas peças de melancia chegaram aos 20 e 22 kg, mas a média varia de 12 a 15 kg. Este ano a colheita foi dividida em três etapas. Nos próximos 15 dias, toda essa área verde já terá melancia no ponto de colheita. A estimativa é finalizar a colheita com mais de 150 toneladas nos 3,5 hectares.

“Nós estamos com uma expectativa boa para essa colheita”, disse Francisco das Chagas (Branco), produtor.

“Nós estamos com a expectativa acima da média, mais de 20 toneladas. Não foi igual ao ano passado, porque o solo era virgem, ele estava mais rico em nutrientes. Já este ano a gente entrou com uma adubação, o que é normal. Contudo, continua superando as expectativas”, frisa Luciana Soares, secretária municipal de Agricultura e Pesca.

De acordo com o site Revista Campo e Negócios (2020), a produtividade média nacional da melancia é de 21,97 t ha -1, abaixo da média mundial (28,16 t ha-1). Mas, algumas cidades brasileiras andam na contramão à baixo da produtividade nacional, é o caso por exemplo do município de: Abaeté (MG) (65,00 t ha-1), Cacique Doble (RS) (60, 00 t ha-1) e Iperó (SP) (59,06 t ha-1). A região Centro-Oeste apresenta a maior produtividade média do país (32,19 t ha-1), destacando-se Goiás com 40,54 t ha-1. No estado de Goiás, mais da metade das melancias produzidas são oriundas do município de Uruana (produtividade média de 50,00 t ha-1).

Em 2020 os produtores Francisco das Chagas (Branco) e Lucídio Nunes, bateram o recorde nacional, conseguirem atingir 76 t ha -1, numa área cultivada de 1,2 hectares. Na ocasião, Caxias superou a produtividade, com dados de 2019, da Bahia (65 ton/ha), Goiás (56,8 ton/ha), Rio Grande do Sul (55 ton/ha) e São Paulo (63,7 ton/ha).

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