O dia 25 de julho se estabelece como o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. No Brasil, a Lei nº 12.987, de 2 de julho de 2014, instituiu esta data como o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma importante líder quilombola, que após a morte de seu companheiro José Piolho, se tornou a rainha do Quilombo de Quariterê, onde habitavam negros e indígenas, localizado no Vale do Guaporé (MT), entre 1750 e 1770.

A 9ª edição do Julho das Pretas tem programação virtual e ações sociais em todo o Brasil. São 300 atividades, que são realizadas por grupos, instituições religiosas, associações, unidades acadêmicas, entre outras, sob o protagonismo e liderança de mulheres negras. A ação foi criada em 2013 e no dia 25 de julho celebra o Dia da Mulher Afro-Latino Americana e Afro-Caribenha e, também o Dia Nacional de Tereza de Benguela.

Em 2021, o Julho das Pretas visa denunciar diversas formas de genocídio da população negra e mostrar como essas mulheres têm se organizado em todas as esferas da sociedade, apontando soluções para o país, a partir da luta antirracista e antipatriarcal.

Em Caxias, o Julho das Pretas, que tem como lema: “Visibilidade e Direitos”, é uma ação que vai acontecer no Mirante da Balaiada nesta sexta-feira (23), a partir das 16h30, sob a organização da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres, em parceria com o Conselho Municipal dos Direitos para as Mulheres. Dentro da programação, estão previstas: rodas de conversa, apresentações culturais, além de artesanato quilombolas.

“Esse evento é um projeto nacional. Esse ano vamos evidenciar o contexto da pandemia, e teremos a participação de 10 mulheres negras militantes do nosso Maranhão, rodas de conversa, apresentações culturais, além de muitas coisas boas para todas as mulheres. Teremos a participação especial do grupo Crespos Cacheados, UNEGRO, destacando a cultura quilombola. O tema que a Secretaria da Mulher leva é a visibilidade de direitos, por isso, esse momento de interação, é para que as mulheres possam conhecer os seus direitos como mulheres negras”, destaca Francyanne Barradas, coordenadora de Projetos da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres.