SAÚDE – Rede de Atenção Psicossocial de Caxias (MA) dispõe de serviços voltados à saúde mental da população
A Pandemia da covid-19, a necessidade do isolamento social e os diversos acontecimentos que modificaram a vida em sociedade, despertaram a importância do cuidado com a saúde mental. Em Caxias a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é a responsável pelos serviços de atenção a saúde mental da população, fazendo a articulação entre os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) com as demais áreas da rede de saúde do município, desde a atenção primária até a alta complexidade.
O coordenador da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), Luís Fernando, explicou sobre o trabalho desenvolvido pela rede. “O objetivo da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) é articular os serviços de saúde mental e de entender que o paciente não está ligado apenas aos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), mas a toda uma articulação na rede, até dá garantia do direito desse paciente, para que ele seja assistido por todos”, disse.
Luis Fernando também destacou a importância das campanhas, como Janeiro Branco e Setembro Amarelo, desenvolvidas pela Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). “A RAPS também é responsável pelas campanhas, como Janeiro Branco, que cuida da saúde mental. Nesse momento, estamos no mês de setembro, que é o mês alusivo à campanha pela vida, ou seja, de prevenção ao suicídio. Nós, que estamos dentro dos centros de saúde mental, percebemos e compreendemos o dilema que vivem as pessoas que têm uma ideia de suicídio ou que passam por situações que podem levar essa pessoa a não ter mais uma expectativa de vida, a não ter mais um projeto de vida, essas pessoas estão muito ligadas aos nossos serviços. Entendemos que muitos também não conseguem chegar até o serviço e uma campanha como essa, de mobilização, tem esse objetivo, fazer com que as pessoas despertem para o cuidado com a saúde mental”, frisou o coordenador.
Os Centros de Atenção Psicossociais (CAPS) do município, contam com equipes de multiprofissionais que são responsáveis pelas demandas de atendimento a pessoas com transtornos mentais. Brenda Amâncio, coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Infanto Juvenil, explicou sobre o trabalho desenvolvido na unidade.
“No CAPS IJ temos por objetivo, trabalhar com promoção de saúde, buscando a reinserção social de crianças e adolescentes que possuem algum tipo de transtorno mental, seja ele moderado, severo ou persistente. Aqui no CAPS IJ nós atendemos um público de crianças e adolescentes, de 3 a 17 anos que possuem algum tipo de transtorno mental. O nosso corpo profissional temos: médicos psiquiatras, enfermeiro, fonoaudiólogo, psicólogos, pedagogos, terapeutas ocupacionais, assistente social, nutricionistas, educador físico, toda uma equipe trabalhando em conjunto em prol da criança e do adolescente. Durante a Pandemia, os nossos atendimentos estão mais direcionados ao atendimento clínico individual e o funcionamento está de segunda a sexta, de 7h30 às 12h e de 13h30 às 18h”, conta.
A coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial III, Débora Pinheiro, também falou sobre o trabalho da unidade. “O CAPS III é um Centro de Atenção Psicossocial que atende toda população em geral, a partir dos 18 anos, com qualquer adoecimento mental. Nós contamos com uma equipe de multiprofissionais, orientados para estar fazendo atividades com esses pacientes, seja no atendimento tanto individual, quanto em grupo”, explicou.
Além disso, a coordenadora do CAPS III, destacou os tipos de modalidades de atendimento da unidade. “Nós trabalhamos com 3 modalidades, uma é internação, pois o CAPS III é um centro de atenção que atende 24h a população. A modalidade ambulatorial, onde os pacientes eles vêm a instituição mensalmente, apenas para consulta de rotina, renovação de receitas. Também a terapia ocupacional, onde esses usuários vem a instituição para passar a semana toda, ou um dia, eles vão participar de oficinas terapêuticas ofertadas pela instituição”, conta Debora Pinheiro.
A estudante Elana Veloso, que acompanha sua mãe nos atendimentos no CAPS III, ressaltou a importância do serviço no município. “Hoje, como vivemos nesse cenário, todo mundo sabe que é um ano atípico por conta da pandemia, todo mundo vai ter que receber essa assistência, tanto psicológica, quanto psiquiátrica. Então, por conta desse novo cenário, houve a necessidade de trazer a minha mãe, devido aos acontecimentos que afetaram ela. Devido a muitas doenças que vem afetando o psicológico se faz necessário esse tratamento aqui no CAPS III temos esse acompanhamento, são profissionais excelentes e capacitados, que realmente trazem a eficácia no tratamento”, finalizou.