Dando início a Campanha Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, a Secretaria Municipal de Saúde, através da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), realizou nessa quarta-feira (1º), uma live transmitida através do Instagram com o tema “A saúde mental em Caxias”. Dentre os participantes estiveram: Luís Fernando, coordenador da Rede de Atenção Psicossocial, Déborah Hellen, coordenadora do CAPS III e Brenda Amâncio, coordenadora do CAPS Infantojuvenil, além da secretária Municipal de Saúde, Mônica Gomes. Na ocasião, eles destacaram a importância do cuidado com a saúde mental e debateram sobre a prevenção e redução de números de suicídio no Brasil.

O coordenador da Rede de Atenção Psicossocial, Luís Fernando, falou sobre os números de casos ligados ao suicídio e ressaltou a importância da conscientização sobre o tema. “Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada 40 segundos uma pessoa comete suicídio em algum lugar do planeta, ou seja, em um ano mais de 800 mil pessoas perdem sua vida dessa maneira, são dados de pesquisadores e do IBGE muito importantes. Dentro dessa realidade estão os jovens entre 15 e 29, sendo essa a segunda causa principal entre os jovens. Então, diante desse cenário, fica claro a necessidade de dar mais atenção a essa temática, com campanha de conscientização e debates que possibilitam a quebra do tabu sobre o problema, essa é a proposta da Campanha Setembro Amarelo”, disse.

Os jovens de 15 a 29 anos também estão no foco do trabalho da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), pois são eles as vítimas de grande parte dos transtornos mentais e emocionais, que se não tratados podem evoluir para outros problemas mais graves.

A coordenadora do CAPS Infantojuvenil, que atende crianças e adolescentes entre 3 e 17 anos, Brenda Amâncio, explicou sobre o serviço oferecido na unidade. “Nos CAPS Infantil atendemos o público infantil e adolescente, de 3 a 17 anos, que possui algum tipo de transtorno mental. O transtorno mental é uma alteração no funcionamento do cérebro, uma alteração que é permanente, lógico que ela pode evoluir, mas é uma comorbidade permanente. No CAPS Infantil, nós temos uma equipe muito extensa, com fonoaudiólogo, médico, pedagogo, psicólogo, enfermeiro, profissional de educação física e nutricionista, uma equipe disponível para atender as nossas crianças e adolescentes. A nossa rede é muito rica, temos psicólogos também em outras instituições, que estão aptos para atender outras demandas psicológicas”, destacou.

A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) também conta com o CAPS III, que atende a população em geral a partir dos 18 anos de idade, com uma equipe multiprofissional e serviço de internação. A enfermeira e coordenadora da unidade, Débora Hellen, explicou como é o acesso dos usuários aos atendimentos. “Por ser um CAPS III, que é um serviço 24h, nós realizamos a internação. Essa internação funciona da seguinte maneira, os pacientes em crise procuram a rede de urgência e emergência, são direcionados para a instituição para uma avaliação do psiquiatra e possível internação. Na instituição, temos psiquiatras segunda, terça, quinta e sexta-feira, atendendo manhã e tarde no modo ambulatorial, que é um dos modos de atendimentos do CAPS. Tem o modo ambulatorial, terapia ocupacional e interação. No ambulatório nós também temos os psicólogos, que eles atendem todos os dias da semana pela manhã e a tarde nas segundas, quartas e sextas-feiras”, disse.

Durante a live também foi destacado que na pandemia, os serviços da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) ficaram sobrecarregados devido à grande procura. Para a secretária Municipal de Saúde, Mônica Gomes, é importante conhecer como a região da saúde de Caxias está trabalhando a saúde mental da população, além de mapear as experiências exitosas dos municípios da região. “Nós pertencemos a uma região, do jeito que eu trato Caxias, eu preciso tratar o paciente de Afonso Cunha, de Coelho Neto, de Duque Bacelar, eles precisam ter essa sensibilidade, já  tem os profissionais aptos a fazer esse atendimento, mas é importante está renovando conhecimento e trocando experiências. Então, é importante colocar na nossa programação esse momento com a região de Caxias, para a gente saber como está à saúde mental da nossa região. Será que os problemas que nós tivemos aqui são semelhantes com o que tiveram lá, de que forma eles trataram esses problemas, será que eles têm alguma experiência exitosa para que a gente possa estar adaptando ao nosso município”, disse.