SAÚDE – UVZ realiza Monitoramento Entomológico e instala 40 armadilhas para medir o impacto do vetor da Leishmaniose
A Prefeitura de Caxias, por meio da Secretaria Municipal de Saúde e da Unidade de Vigilância em Zoonoses (UVZ) realizará o cumprimento da política nacional de Encoleiramento de Cães no município. Aproximadamente 15 mil animais em Caxias serão encoleirados, desta forma sendo protegidos contra o mosquito-palha, conhecido também como “asa dura”, vetor da Leishmaniose.
Em paralelo a este trabalho, a UVZ vai realizar um estudo para investigar o impacto da coleira nesta proteção, através da instalação de 40 armadilhas tipo CDC, em 20 residências dos bairros Campo de Belém e Pirajá. O Monitoramento Entomológico faz parte das ações descritas no Plano de Intensificação das atividades de vigilância e controle da Leishmaniose que será desenvolvido no quadriênio 2021 a 2024.
O agente de combate a endemias, Sérgio Henrique, explicou sobre o trabalho que está sendo realizado pela UVZ. “A instalação da armadilha tipo CDC está dentro do plano de combate à Leishmaniose, que é o plano do Ministério da Saúde. O monitoramento vai servir para saber se essas coleiras que vão ser instaladas nesses animais realmente tem um efeito sobre o vetor, se ela consegue afastá-lo da residência. O principal foco da instalação desse monitoramento é saber que impacto as coleiras impregnadas com deltametrina tem contra o vetor”, disse.
O hábito do mosquito Flebotomíneo, vetor da Leishmaniose é noturno, as armadilhas ficarão instaladas dentro da residência e no quintal por 12 horas, durante três dias seguidos e por um período de 30 meses. O trabalho acontece graças a uma parceria entre os Governos Federal, Estadual e Municipal.
“Essas coleiras são impregnadas com deltametrina a 4%, significa dizer que ela tem uma ação repelente, e aquele vetor que chega até a picar, ele espalha o inseticida na pele do cão. O vetor que consegue ultrapassar essa barreira repelente, morre ao picar o cão”, disse Sérgio Henrique, agente de combate de endemias.
Josinete Castelo Branco, que criava dois cachorros e três gatos, e perdeu um dos animais por conta da Leishmaniose, acredita que o estudo será de extrema relevância para ajudar na política pública de proteção aos animais e humanos. “Eu acho muito importante, com eles aprendi mais sobre a importância de ceder a minha residência e contribuir para essa pesquisa, nós vamos avançar mais e prevenir nossos animais”, frisou.