Em parceria com o Governo do Estado, a Prefeitura de Caxias (MA), por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou nessa quinta-feira (17), o Seminário Estadual de Saúde do Homem. O público-alvo do evento, que aconteceu no auditório da escola Leôncio Alves de Araújo, foram os gestores, coordenadores e profissionais da Atenção Primária de Saúde do Município e região.

O objetivo do encontro foi a implantação da política de saúde do homem nos serviços de saúde. O coordenador da Saúde do Homem, Erick Bezerra frisou sobre o propósito do seminário.

“Mais uma vez, Caxias vem sendo uma cidade modelo para as outras. Se destacando e recebendo esse seminário, com o objetivo de disseminar, implantar e desenvolver as ações relacionadas à saúde do homem. Dessa forma, também desperta a gestão e toda a assistência do serviço, que agora coloca na sua agenda a saúde do homem”, disse.

“A proposta é de que além da Campanha Novembro Azul, focado apenas no câncer de próstata, implantaremos também a saúde do homem em todas as outras questões em que ele está inserido. O projeto é que durante todo o ano se busque os cuidados com a saúde do homem. Portanto, esse momento é o pontapé inicial sobre os cuidados que a gente tem com a temática”, destacou o Coordenador da Atenção Primária e Vigilância em Saúde, Rubenilson Luna.

Claudiana Cordeiro, Chefe de Departamento de Atenção a Saúde do Adulto e Idoso, ressaltou o trabalho em conjunto para alcançar mais homens para os serviços de saúde.

“A intenção é trabalharmos juntos aos profissionais de saúde, para que possamos melhorar o acesso e o acolhimento do público masculino nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), principalmente na Atenção Primária”, disse.

A Atenção Primária, em especial as UBSs, é considerada a porta de entrada aos serviços de saúde, local de maior desafio aos profissionais em levar a população masculina. A agente comunitária de Saúde, Maria Inês, destacou essa dificuldade.

“É um desafio muito grande quando se trata da saúde do homem, porque eles se mostram mais relutantes, em contrapartida encontramos mais facilidade quando é para atender as mulheres. Encontramos alguns com idade de 60 a 70 anos de idade, que nunca foram a uma Unidade Básica de Saúde, justamente por conta dessa resistência”, conta.

Yago Salomão, agente comunitário de saúde, frisou as estratégias discutidas no Seminário.

“No geral, a UBS recebe com frequência o público infantil e o feminino. Estamos trabalhando estratégias para mapear a população masculina, por meio da busca ativa, além de campanhas que estimulem a quebrarem o preconceito e procurar as unidades de saúde”, destacou.

Luis Fernando, coordenador da Rede de Atenção Psicossocial, falou sobre a saúde mental que foi parte na discussão do Seminário.

“O homem tem a dificuldade do autocuidado e quando se fala em saúde mental a dificuldade é maior, por isso é necessário levarmos essa cultura da saúde mental pra esse público. É importante perceber que eles podem adoecer e entrar em quadros bem severos. Quando os homens vão ao atendimento de saúde mental, geralmente já estão com depressão, ansiedade, transtorno de pânico, bipolaridade instalados e reverter a situação é sempre mais desafiador”, finalizou.

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