CULTURA – Comissão Caxias Mais 200 debate criação do Marco Zero da Princesa do Sertão
A reunião foi no Memorial da Balaiada, onde a Comissão Caxias Mais 200 trabalhou como ponto de pauta, o Marco Zero de Caxias. A discussão contou com a participação da Academia Caxiense de Letras, Academia Sertaneja de Letras, Instituto Poeta Carvalho Junior, Departamento de História da UEMA e Instituto Histórico e Geográfico de Caxias. A ideia é abrir um debate para que após escutar diversas entidades e instituições acreditadas da cidade, se consiga chegar a um consenso, a fim de definir aonde a cidade de Caxias começou.
“Estamos com representantes de diversas entidades de Caxias para discutir o Marco Zero de Caxias. É preciso que tenha uma documentação, uma pesquisa aprofundada para que seja definido o Marco Zero. Teremos mais visibilidade para a cidade, porque podemos dizer para o visitante e para o turista onde começou Caxias, a sua origem. É um debate salutar”, destaca Mercilene Torres, diretora do Memorial da Balaiada.
“A origem da cidade é mais um ponto importante dessa comissão estar debatendo, porque muitos documentos foram perdidos. Há uma discussão de onde a cidade surgiu. Caxias era uma cidade enorme, perdendo apenas para São Luís. Houve conflitos na época, pois os portugueses e índios já estavam aqui, ocorrendo assim um choque de civilização. Agora estamos tentando descobrir com fontes confiáveis, livros escritos, trabalhos publicados a origem da cidade para que a gente chegue a um consenso. É uma discussão muito válida e rica”, destaca Ezíquio Barros, presidente da Academia Caxiense de Letras.
Em 2023, a cidade de Caxias vai completar 200 anos de Adesão à Independência do Brasil e 200 anos do aniversário de nascimento do poeta Antônio Gonçalves Dias, e a proposta é entregar na ocasião, o Marco Zero da cidade de Caxias (MA). Algumas propostas já surgiram, apontando para o século XVIII e outra para o século XVII.
“Começa-se a estabelecer uma pesquisa sobre a nossa origem. Como foi a origem do povo de Caxias. Eu já fiz vários estudos. O movimento de entradas e bandeiras, portugueses saíam do litoral para ocupar as terras devolutas e traziam com eles os catequistas, e eles se aportaram na Tresidela, e os nativos estavam nos altos de três morros: Do Pirajá, dos Caldeirões e Iraim. As três aldeias para os portugueses, uma cidade pequena é uma cidadela. Uma aldeia é metaforicamente uma cidade pequena, então eles diziam metaforicamente três cidadelas. Nós brasileiros temos a tradição de abreviarmos, daí vem a terminologia Tresidela. Então, dentro do meu estudo, o Marco Zero deu-se na Tresidela, onde hoje é a Praça Cônego Aderson Guimarães Júnior”, disse Wybson Carvalho, coordenador de Patrimônio Histórico.
O secretário Léo Barata destaca que outras instituições também serão ouvidas para que se chegue a um consenso, baseado em um estudo sério e fundamentado, para que se tenha o Marco Zero de Caxias (MA).
“Hoje iniciamos uma roda de conversa, e tenho certeza que serão muitas rodas de conversas até que cheguemos a um consenso. E a partir daí vamos elaborar um documento, muito bem referendado para mostrar à sociedade, onde será o Marco Zero da cidade. Esse trabalho está sendo feito para inaugurar no aniversário de 200 anos da Adesão de Caxias à Independência do Brasil, e os 200 anos de aniversário do poeta Gonçalves Dias. São ações que serão voltadas para a cultura e valorização do patrimônio histórico da cidade”, destaca Léo Barata, secretário municipal de Cultura, Esporte, Turismo, Juventude e Patrimônio Histórico.