CULTURA – Betto Pereira, Gilvan Lins e Banda, quadrilhas caipiras e estilizadas passaram pela 10ª noite do São João Que a Gente Quer
Esse domingo (26), foi de muita animação no Parque da Cidade que recebe a 6ª edição do São João Que a Gente Quer promovido pela Prefeitura de Caxias. Ao todo, serão 13 noites do melhor São João do interior do Maranhão, que traz uma mistura de ritmos e cores das apresentações artísticas e culturais, shows de bandas locais, regionais e nacionais, além do melhor da culinária maranhense.
A 10ª noite de festa teve muitas atrações, a exemplo do Forró Pé de Serra do Trio Maranhense que animou o público. Passaram também pela Vila Junina o Jacá do Caburé e Forrozão Os Tropicais.
No tablado, a primeira quadrilha a se apresentar foi a Cycwpira Mirim, o grupo é formado por crianças de 7 a 12 anos de idade do bairro Bacuri em Caxias. “É um prazer pra gente, pois é um meio que encontramos de estar tirando essas crianças da rua e mostrar a importância da cultura do Nordeste, é um incentivo tanto para mim, quanto para eles.”, ressaltou Francisca, a organizadora da quadrilha.
Logo após, no tablado do Parque da Cidade, o grupo Maculelê Show se apresentou mostrando ao público toda a expressão cultural da luta tribal. Essa expressão surgiu na Bahia entre os séculos 18 e 19, uma dança que envolve bastões e que em Caxias foi adaptada com movimentos modernos. O grupo do bairro Tamarineiro já existe há 12 anos sendo composto por crianças, adolescentes e adultos.
“Temos a Capoeira, o Carimbó e o Maculelê. Hoje trouxemos as crianças, temos adultos e idosos que também fazem parte”, disse Estrela Silva, integrante.
Passaram também pelo tablado na 10ª noite do São João Que a Gente Quer a Quadrilha Os Última Hora, formada por colaboradores da Secretaria de Saúde; o Carimbó Vem Comigo formado por adolescentes mostrando toda a tradição das danças e costumes do povo paraense; o Xaxado Carcará Zé da Roça e a Quadrilha estilizada Amor Junino. “Embora seja muito difícil reunir o pessoal, nós fizemos uma boa apresentação, estamos trabalhando para manter a quadrilha Amor Junino”, disse Carla Silva, integrante da quadrilha.
Quem vai ao Parque da Cidade curtir o melhor São João do Maranhão, tem a oportunidade de se deliciar com o melhor da culinária e matar a saudade das comidas típicas deste período.
São mais de 100 barracas e isoposeiros instalados no Parque da cidade. A Laísa Mesquita é uma das donas de uma das barracas montadas e aproveita o retorno do São João para ganhar uma renda extra. “Aqui vendemos de tudo, o São João está muito bom, estamos na expectativa de que todos os dias sejam assim. As pessoas estavam com saudades das comidas típicas do São João”, ressalta.
“Estamos vendendo bem, voltar a ganhar uma renda extra no São João é muito bom. Todos os anos eu vendo no São João Que a Gente Quer, passar dois anos sem o evento foi bem difícil”, disse Maria Antônia.
Os artistas Betto Pereira e Gilvan Lins e Banda encerraram a 10ª noite. Betto Pereira que é cantor e artista plástico maranhense, hoje está radicado no Rio de Janeiro, cantou muitas canções que valorizam a cultura maranhense.
“Sou radicado em Petrópoles, há 10 anos eu não vinha em Caxias, estou muito feliz em retonar a cidade. Valorizar a nossa cultura é mostrar que podemos ser mais fortes. Quero agradecer a Prefeitura pelo convite”, disse Betto Pereira, cantor maranhense.
Nesta segunda-feira, a 11ª noite do São João Que a Gente Quer vai ser toda especial com o início do Festival de Quadrilhas, será a etapa regional do campeonato Maranhense de Quadrilhas reunindo 16 juninas estilizadas de toda a região leste do Estado. Serão 3 dias de competição no tablado do Parque da Cidade.
“Este ano as quadrilhas não terão a parte competitiva. Cada quadrilha apresenta um grande espetáculo, e para facilitar o trabalho de todos os produtores culturais, os cachês foram dobrados”, explica Maciel Mourão, secretário adjunto de Cultura.
“É com todo respeito e carinho que vamos receber as juninas de várias cidades da nossa região, Parnarama, Timon e Codó. Para o público é muito interessante poder prestigiar o trabalho de outras estilizadas, porque cada uma delas têm o seu conceito, sua história e suas vestes que trazem um brilho diferenciado mostrando as diferenças das juninas”, explica a coordenadora-geral do São João Que a Gente Quer, Tatyana Sobral.