MULHER – Bate-Papo Entre Ellas aborda agenda “Julho das Pretas” no Bairro Castelo Branco
Nessa terça-feira (19), o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher e a Prefeitura de Caxias (MA), por meio da Secretaria Municipal de Políticas para Mulheres, realizaram mais uma edição do Bate-Papo Entre Ellas, marcando também a 10ª edição do Julho das Pretas “Mulheres Negras no Poder Construindo o Bem Viver”. Em Caxias, o evento ocorreu na Praça Castelo Branco e reuniu diferentes movimentos sociais e lideranças jovens.
“Estamos falando da valorização da mulher e do respeito que devemos ter. Ainda sofremos muito com o preconceito e estamos reforçando com a equipe do CRAM e toda a representatividade negra”, frisa Mayara Silva, secretária municipal adjunta da Mulher.
“Eu acredito que devamos trabalhar com as crianças desde a primeira idade, para que elas cresçam sendo valorizadas. Por isso, é necessário, principalmente por conta do racismo, que as vezes não é velado, mas que ainda existe”, disse Brígida Magalhães, professora.
“O Conselho neste momento e em todos os outros está representando a juventude, a juventude faz parte e é de grande importante para a sociedade que possamos garantir mais direitos”, disse Francijanny Santana, presidente do Conselho Municipal da Juventude.
O Julho das Pretas é uma ação de incidência política e propositiva com organizações e movimento de mulheres negras do Brasil, voltada para o fortalecimento da ação política coletiva e autônoma das mulheres negras nas diversas esferas da sociedade. Criada em 2013, pelo Odara, o Instituto da Mulher Negra, celebra em 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Afro Latina Americana e Caribenha.
“O Julho das Pretas representa e dar voz à essas mulheres que já têm voz na sociedade, mas nós enquanto MUC estamos de punho cerrado para que nós mulheres possamos dar nossa contribuição“, disse Jesus Andrade, presidente da ONG Mulheres e Meninas de Caxias (MA).
“É muito importante ocupar estes espaços e discutir políticas públicas para as mulheres negras que são colocadas a margem da sociedade. A mulher deve lutar e é importante que haja as possibilidades, que só são importantes com políticas públicas que vão dar embasamento para que a gente possa voar”, disse Babi Paula, modelo.
“A ideia é que este momento seja utilizado para que as mulheres possam compartilhar suas experiências. Muitas vezes os direitos são negados principalmente para as mulheres negras. Se nós queremos buscar nossos direitos, nós devemos estar juntas em comunidade”, frisa Tarciana Cardoso, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher.