Nessa terça-feira (20), as equipes dos municípios que compõem a Regional de Saúde de Caxias passaram por uma capacitação sobre Encoleiramento Canino. A ação foi realizada na Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) pela Secretaria de Estado da Saúde, no período da manhã com a parte teórica e a tarde com a prática.

O Encoleiramento Canino realizado com a coleira impregnada com o insceticida deltametrina 4%, é uma estratégia incorporada pelo Ministério da Saúde para o controle da leishmaniose visceral (Calazar).

Maryanne Morais, coordenadora do Núcleo de Educação Permanente, explicou sobre a forma em que o trabalho de encoleiramento é desenvolvido em Caxias. “Esse trabalho será realizado em 4 anos, dividido em 8 ciclos. Nos ciclos ímpares, nós temos um trabalho de testagem e de colocação das coleiras, já nos pares serão feitas as trocas das coleiras. Em Caxias realizamos o primeiro ciclo, onde foram encoleirados 12.845 animais, além da realização de testagem. Agora iniciamos o segundo ciclo, onde foram contemplados 7 bairros e a realização da troca da coleira, além da oportunidade de encoleirar e fazer a testagem dos animais que não foram feitos no  primeiro ciclo. Todos os bairros que foram contemplados com a atividade de encoleiramento, queremos atingir 100% ”, disse.

“A Região de Caxias vem sendo contemplada com o encoleiramento canino em três cidades, hoje iremos dar início a mais dois municípios, Coelho Neto e Timon, além de sermos contemplados também com o município de Buriti. É um motivo de alegria, nós só temos que agradecer, pois agora em nossa região só faltam duas cidades a serem contempladas com esse excelente projeto que cuida da saúde dos nossos animais e consequentemente da saúde da nossa população”, destacou Rita Paz, Gestora Regional de Saúde.

Natanael dos Reis, coordenador da Unidade de Vigilância de Zoonoses, falou sobre a capacitação. “A Secretaria de Estado da Saúde nos enviou à Coordenação Estadual do Programa de Encoleiramento, ou seja, do programa das leishmanioses no Maranhão, que aqui em Caxias veio tratar do encoleiramento para observar o que pode ser melhorado e aprimorado nas ações que são necessárias nesse ciclo. Precisamos trabalhar a conscientização das pessoas, pois estamos com dificuldades quando chegamos nas residências onde foi feito o exame de leishmaniose no animal e temos resultado positivo, tendo que recolher esse animal há uma resistência. É necessário que a população entenda que mesmo gostamos do seu animal é preciso que ele seja retirado de circulação após o resultado positivo para a doença”, disse.

Emerson Francisco, médico veterinário do município de Duque Bacelar, destacou a importância da capacitação para o aprendizado e o andamento do trabalho. “Sempre temos algo a aprender e ensinar, porque estamos no campo e os problemas do dia a dia estão sempre na nossa rotina. O trabalho está andando bem no nosso município, até porque essa coleira é um grande benefício para à população, pois é uma forma dos animais não transmitirem a leishmaniose para os humanos”, finalizou.