A Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Semect), por meio da Assessoria Municipal de Educação Ambiental (AMEA), está realizando tanto na zona rural e zona urbana de Caxias, nas unidades de ensino a Conferência Anual da Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida (COM-VIDA) 2022.

A ação visa potencializar a educação ambiental nas escolas do ensino fundamental (6º ao 9º ano) além da criação e manutenção de um espaço democrático e participativo que congregue toda a comunidade escolar e fomente iniciativas voltadas para a sustentabilidade socioambiental e à melhoria da qualidade de vida na escola e sua comunidade, assim como o diálogo sobre temas socioambientais contemporâneos.

O evento tem mostrado a importância do cuidado com a natureza através de ações voltadas à melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida, promovendo o intercâmbio entre a escola e a comunidade. Estudantes da escola UEM João da Cruz Nunes, no povoado Lavras, acompanharam com entusiasmo os trabalhos desenvolvidos na unidade de ensino. A escola faz parte da comunidade quilombola, e por este motivo os alunos levaram compartilham conhecimentos sobre a produção de remédios naturais feitos por ervas plantadas e colhidas direto da horta escolar.

“Hoje viemos prestigiar o trabalho aqui na escola João da Cruz Nunes. Nós como representantes da educação no campo, sempre buscamos está acompanhando cada projeto que incentiva o desempenho e envolvimento dos alunos nas ações educativas”, destaca Isanice Neves, integrante da coordenação de educação no Campo.

A produção do azeite de coco extraído do Babaçu e a produção de conservas de doces a partir de frutas nativas da região, também fazem parte do projeto que inclusive foi desenvolvido em outras conferências. Este ano os trabalhos foram levados pela Conferência às próprias comunidades, tendo a participação de alunos, pais, comunidade escolar e também de representantes da associação do povoado.

“Por conta da expansão do agronegócio na região e o extração de descontrolada de madeira, que estão destruindo áreas nativas com perda da flora e fauna, ações que causam um desequilíbrio do meio ambiente, o tema também ganhou relevância. Com isso, varias escolas estão com projetos voltados para produção de mudas de árvores nativas, como: Jatobá, Ingá, Buriti, Ipê, Sapucaia, dentre outras. Para o replantio de áreas degradas na comunidade e também implementando hortas de plantas medicinais. Estes projetos incentivam o sentimento de pertencimento do nosso alunado, fazendo com que eles entendam a importância que um ambiente preservado tem em nossa vida”, lembrou Juarez Júnior, coordenador da AMEA.