Prefeitura de Caxias (MA) realiza abertura da Campanha Maio Laranja 2023
A Prefeitura de Caxias (MA), por meio da Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS) em parceria com órgãos da Rede de Proteção dos Direitos de Crianças e Adolescentes, realizou a abertura no auditório da Prefeitura, nesta quinta-feira (18), da Campanha Maio Laranja, que tem como tema “Se liga, minha rede é protegida”. O objetivo é alertar pais e responsáveis sobre os cuidados com os conteúdos compartilhados nas redes sociais, que também funcionam como lugar de aliciamento de crianças e adolescentes.
Embora a Campanha busque chamar a atenção de pais e responsáveis sobre os cuidados com os relacionamentos estabelecidos pelas crianças e adolescentes. Há também uma outra preocupação ainda maior. Dados recentes, demonstram que no Brasil, mais de 90% das agressões contra crianças acontecem em casa. Três em cada quatro crianças com idade entre dois e quatro anos são submetidas a uma disciplina violenta praticada pelos cuidadores. Ou seja, são aproximadamente 300 milhões de vítimas que não têm meios para se defender. Os dados foram coletados por uma pesquisa lançada pelo ChildFund Brasil, com apoio de The LEGO Foundation. A ChildFund Brasil é uma agência de desenvolvimento infantil, que atua no Brasil de 1966.
“A gente fiscaliza as rodovias federais, postos de gasolina e outros locais onde procedemos a fiscalização e o combate a esses crimes, que é a exploração sexual de crianças e adolescentes”, destacou Vinícius Costa, Inspetor da PRF.
“Andando pela cidade de Caxias nós notamos essas crianças andando com idade que não é pra andar só, andando só pelas ruas, que podem ser cooptadas para todo tipo de violência. Então, a gente precisa ter um olhar para nossa criança dentro de casa. Hoje rede social é um inimigo, se não tiver um acompanhamento”, disse Ricardo Almeida, comandante do 2º BPM.
“Dessa vez o nosso foco é as redes sociais, por isso esse tema – ‘a minha rede é protegida’, fazendo referência a tantos crimes de abusos, assédios e estupro virtual, que tem deixado nossas crianças mais vulneráveis”, lembrou Kátia Braga, Presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
Neste mês de maio, a Prefeitura de Caxias (MA), por meio da SMADS, realiza palestras, caminhadas, adesivaços e conscientização para a população do município. O trabalho conta com o apoio de órgãos como: Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA); Conselho Tutelar; Pastoral da Criança; Secretarias Municipais de: Saúde, Educação, Políticas para as Mulheres (SMPM); Secretaria Municipal de Segurança; Secretaria de Cultura, Esporte, Turismo, Juventude e Patrimônio Histórico; Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS); Secretaria Adjunta de Transportes; Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (SEMECT); Guarda Municipal; Polícia Militar; Câmara Municipal; OAB; PRF; dentre outros órgãos, entidades e instituições.
“As redes sociais são um meio em que não podemos fugir. Mas nós pais e mães devemos ficar atentos, observar o que as crianças estão acessando e limitar este acesso. Fazer com que o meio digital seja usado com responsabilidade e segurança”, destaca Kiara Braga, articuladora do Selo Unicef.
“A nossa preocupação se estende também a todo e qualquer tipo de violência. Nós temos esta rede de proteção, que todas as pessoas podem contar, tendo em vista que na maioria das vezes, os casos de violência acontecem em casa. Então, onde tiver violação de direitos de crianças e adolescentes busque o CREAS, busque a Polícia Militar e todos os órgãos que compõem essa rede de enfrentamento”, destaca Ana Lúcia Ximenes, secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social (SMADS).
O Ministério da Saúde divulgou um boletim epidemiológico nesta quinta-feira (18), em que aponta que 202.948 casos de violência sexual contra crianças e adolescentes foram notificados em sete anos, de 2015 a 2021 no Brasil. O documento aponta ainda, que 83.571 (41,2%) dos casos de violência foram contra crianças (0 a 9 anos) e 119.377 (58,8%) praticados contra adolescentes (10 a 19 anos).
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