Fortalecendo as ações de prevenção e combate, a Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) tem investido na instalação das chamadas “ovitrampas” – espécie de armadilha para capturar os ovos do mosquito Aedes aegypti.

De acordo com um relatório atualizado, nas últimas semanas, 40 ovitrampas foram implantadas nos bairros Campo de Belém (sendo encontrado 10% de positividade), Dinir Silva (40% de positividade) e Luiza Queiroz (30% de positividade); usando como critério de escolha os índices apontados pelos últimos ciclos do LIRAa.

A atividade é realizada pela equipe do Laboratório de Entomologia, que é coordenada pela servidora Erlen Rejane, do Ministério da Saúde.

“Essas armadilhas são utilizadas como instrumento para o monitoramento populacional do mosquito causador da dengue. Nossas equipes realizam o raio mínimo de 300 metros entre as ovitrampas instaladas com finalidade de estabelecer uma cobertura de 100% do perímetro do bairro. Após a instalação, nós fazemos a leitura e contagem das palhetas positivas para a eliminação. Esta metodologia tem sua eficiência comprovada e estamos avançando neste sentido”, disse o agente de combate às endemias do setor Sérgio Henrique de Alcântara.

A ideia é de que novas ovitrampas sejam implantadas em outros bairros, criando um maior monitoramento em toda a cidade e para isso, estima-se que sejam instaladas no próximo ano um total de aproximadamente 6 mil armadilhas.

Sergio ainda salienta a importância da atuação dos agentes de combates às endemias e cooperação da população. “O combate ao mosquito não se faz sozinho. Temos equipes de ACE’s por toda a cidade, fazendo todo o mapeamento, bloqueio e fiscalização. Ou seja, um trabalho em campo específico e importante. Contudo, é válido reforçar que a população deve estar atenta e colocando em prática ações de prevenção e combate”, salientou.

VOCÊ SABIA?

As ovitrampas simulam o ambiente ideal para a procriação do Aedes aegypti: um vaso de planta preto é preenchido com água, que fica parada, atraindo o mosquito. Nele, são inseridas uma palheta de madeira (Eucatex) que facilita que a fêmea do Aedes coloque ovos.

Dessa forma, os agentes de combate às endemias conseguem observar, de maneira mais rápida e eficiente, a quantidade de mosquitos naquela região e aceleram as ações de combate ao mosquito, sem que o inseto se desenvolva.

O equipamento fica no local por um período de cinco dias, e enviado ao laboratório de Entomologia para contagem dos ovos. A cada semana a palheta de madeira é substituída. Pela quantidade de ovos, ou ausência deles, a UVZ saberá como está o comportamento de fêmeas de Aedes aegypti e Aedes albopictus, gerando gráficos e mapas para aplicação das medidas de controle mais eficientes.

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