A Secretaria Municipal de Saúde promoveu, nessa sexta-feira (23), uma reunião intersetorial para tratar de ações contra as arboviroses em Caxias (MA). O encontro apresentou o atual cenário epidemiológico da dengue, o zika vírus e a chikungunya no município e esclareceu procedimentos já realizados na rede de saúde para, a partir daí, discutir a intensificação e novas medidas necessárias de prevenção e combate ao Aedes Aegypti.

“Essa reunião é justamente com o objetivo de sensibilizar todos os secretários da importância do combate às arboviroses, que são doenças com sintomas bem peculiares à várias doenças como resfriado e ao próprio covid, e que precisamos está chamando a atenção da população que ao sentir o primeiro sintoma procure o nosso sistema de saúde para que a gente possa está tratando e evitando complicações ou até mesmo em óbito”, destacou a secretária de Saúde, Mônica Gomes.

Verônica Aragão, coordenadora de Vigilância Epidemiológica, reforçou a importância das notificações. “Nosso retrato para o país depende dessas notificações. Observamos que o Maranhão como todo está com muitas poucas notificações, e Caxias não foge à regra. Até quinta, tivemos só 23 pessoas que procuraram à unidade básica de saúde mencionando sintomas de dengue, que foram encaminhadas a fazerem exame; destas, só confirmamos um caso de dengue e um de chikungunya. Sabemos que há uma epidemia a nível nacional, e nossas chuvas começaram agora, então, acreditamos que tem mais pessoas com sintomas. Por exemplo, não recebemos a vacina da dengue, que está sendo usada em crianças e adolescentes, pois não temos registro no ano anterior que justifique; o Ministério priorizou municípios com grandes números de casos. Só notificamos se a pessoa comparece ao serviço de saúde”, frisou ela.

“Hoje damos o pontapé-inicial de importantes ações e vamos buscar fazer aquilo que é devido, pois quem está lá do outro lado é a sociedade, que está precisando desses préstimos. Apesar dos números serem baixos não é sinônimo que não temos casos de arboviroses, porque geralmente no Maranhão o pico desses agravos se estendem a partir do mês de março até maio”, lembrou Natanael dos Reis, coordenador da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ).

O diretor do SAAE, o engenheiro Arnaldo Arruda, disse que a autarquia está avaliando que seus leituristas também notifiquem para a UVZ locais que estão com focos de dengue, além de distribuir panfletos educativos e a Central de Atendimento faça um trabalho de conscientização.

Vinicius Sabá, secretário adjunto de Urbanismo, afirmou que serão potencializadas as ações quanto aos logradouros públicos, principalmente em relação às praças com fontes.

Para Fause Simão, secretário de Limpeza Pública, a campanha deve integrar não só as secretarias, mas a população. “Nós da Limpeza Pública limpamos pela manhã, a tarde volta tudo de novo, parece que não há essa conscientização por parte da população. A cidade tem que ficar limpa, temos que trabalhar juntos. É fundamental a participação da população no combate a essas endemias”.

Segundo o vereador Gentil Oliveira, presidente da Comissão de Saúde da Câmara, “haverá uma reunião com os colegas de parlamento na busca de soluções como, por exemplo, fazer um projeto de lei para que os agentes de endemias possam adentrar nas residências fechadas e possibilite um melhor controle. Não adianta um limpar o quintal e o vizinho fechado não fizer o mesmo, prejudicando assim a redondeza”.