Durante duas semanas, profissionais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e um técnico do Ministério da Saúde, estiveram em Caxias colhendo em cães, as amostras que serão examinadas, para testar se a coleira que está sendo utilizada neles, como ferramenta contra a leishmaniose visceral, têm eficácia.

Além do apoio dos agentes de combate às endemias, que trabalham no Programa Municipal de Controle da Leishmaniose Visceral da Unidade de Vigilância de Zoonoses, os pesquisadores contaram com a participação de quatro especialistas da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Estou coordenando um projeto do componente canino e flebotomíneo no município de Timon (MA). A convite dos pesquisadores da Fiocruz, que estavam fazendo o trabalho em Caxias, fomos no último dia 20 para ajudar nas coletas, e assim agilizar no número de amostras de animais”, explica a professora doutora do curso de Medicina Veterinária da UFPI, Maria do Socorro, que esteve acompanhada dos médicos veterinários Samuel de Souza, Aline Moreira e Kellen Melo.

A parceria com os agentes de endemias, também foi destacada por Maria do Socorro. “A recepção foi incrível! Super atenciosos e colaborativos, buscando agilizar o contato com os tutores e abrindo as portas dos lares das pessoas, onde os cães foram agraciados com a coleira. Foi uma experiência ímpar”, disse.

Para o coordenador do Programa de Controle da Leishmaniose Visceral, Antônio Neto, receber os pesquisadores foi motivo de honra para o Município. “É uma honra a Unidade de Vigilância de Zoonoses poder colaborar, e ao mesmo tempo, trocar experiência com tantos profissionais gabaritados. Caxias só tem a ganhar com esse trabalho conjunto”, frisa.

O Brasil foi o primeiro país do mundo a adotar o encoleiramento de cães, como medida de saúde pública no controlar a leishmaniose. Isso vem acontecendo desde 2007, e no Maranhão, o trabalho dos pesquisadores da Fiocruz aconteceu somente em Timon e Caxias. O objetivo final é expandir o programa para outros lugares.