Nesta sexta-feira (6), foi celebrado o dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo fim da violência contra as mulheres, e os colaboradores do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Caxias (SAAE), receberam a equipe da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (SMPM), para uma ação educativa sobre a temática. A atividade foi realizada no pátio da sede administrativa da Autarquia.
A ação faz parte da campanha “21 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres” que está sendo desenvolvida em escolas, instituições e diversos órgãos da administração municipal de Caxias.
“A gente procura atingir os homens, conscientizar os homens sobre a importância de trazer eles para a luta, como hoje, dia 6, dia da campanha do Laço Branco, no qual a gente conscientiza e chama os homens para a luta, porque são esses homens também podem proteger as mulheres e que também precisam ser conscientizados dos seus atos violentos; das atitudes machistas no dia a dia; numa mesa de bar; então assim, é quando a gente também precisa chamar atenção para esse possível agressor futuramente. A gente precisa tratar, caminhar, não somente nas escolas, como a gente faz em outras campanhas, a gente busca empresas e setores do município. Homens, na maioria, para que a gente possa acessar também esses homens para serem conscientizados também para essa luta que é tão importante”, explica a psicóloga Lígia Cunha, mediadora da ação educativa.
Segundo a Assistente Social, Daniela Cosse, mediadora da ação educativa, o Brasil ocupa a quinta posição no ranking mundial de violência doméstica. Aqui no Maranhão, cerca de 60 mulheres já foram vítimas de feminicídio somente este ano. Ela reforça a importância da denúncia.
“A mulher, vítima de violência, pode procurar a Casa da Mulher Maranhense, os CRAS, os CREAS é importante estar atenta aos sinais de violência que podem ser físicos, quando a pessoa chega machucada, ou às vezes ela tá naquele momento que ela tá muito angustiada, chorando, e não consegue se controlar nas emoções, muito calada, isolada, não participa mais da família, então a família pode estar identificando como um sinal de que ela possa estar passando algum tipo de violência em casa. É importante a gente estar sempre atento ao comportamento dessa mulher”, reforça a Assistente Social.
Durante o bate-papo, os colaboradores do SAAE Caxias puderam fazer perguntas, tirar dúvidas, e dar depoimentos de casos que aconteceram ao redor deles, um momento de aprendizado e orientação.
“O certo é o homem não bater em mulher, no caso não deu certo o relacionamento, a pessoa vai para um lado e a mulher para o outro, deixa em paz a mulher. Eu intervi na minha família, eu estava vendo a minha irmã chegando na casa da minha mãe muito machucada, aí eu tive uma atitude de chegar até o pai do esposo dela e conversar com ele. Eu falei para ele que ele tem uma filha e ele não gostaria de o marido da filha dele batesse nela. A mesma coisa, eu, como irmão, não ia aceitar o marido bater na minha irmã. Aí eu disse pra ele dar o conselho pra ele não bater mais na minha irmã, deixar a minha irmã de mão. Só assim ele deixou. E essa palestra reforça pra gente ter mais atitude”, conta o colaborador do SAAE Caxias, Luiz Pereira.
A campanha busca conscientizar a população sobre os diferentes tipos de agressão contra meninas e mulheres em todo o mundo. Trata-se de uma mobilização anual, empreendida por diversos atores da sociedade civil e do poder público. Em escala mundial, a celebração ocorre em 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, até 10 de dezembro, data em que foi proclamada a Declaração Universal dos Direitos Humanos, que também tem o objetivo de propor medidas de prevenção e combate à violência, além de ampliar os espaços de debate com a sociedade.