Centenas de fiéis com tochas acesas acompanharam todo o percurso da tradicional Procissão do Fogaréu, pelas ruas do centro histórico de Caxias, nessa quarta-feira (16), da Semana Santa, mas que também é chamada de quarta-feira de trevas. Há 22 anos, a encenação emociona os caxienses, marcando um dos momentos mais emblemáticos da Semana Santa no município.
“É um momento muito emocionante, essa dramatização mexe facilmente com a gente porque nesse momento é um momento de paz, de reconciliação com Deus e um momento também que nós podemos celebrar a passagem de Cristo”, frisou Maria Mendes, católica.
“É muito bacana, é a minha primeira vez assistindo e é surpreendente, tanto a estrutura quanto a conexão que se estabelece. É uma imersão completa”, destacou Vitória Lobo, que acompanhou pela primeira vez a procissão.
Os farricocos, os soldados romanos, ao som da fanfarra acompanham a dramatização, que remonta o nascimento, vida, perseguição e a prisão do Cristo, antes da crucificação e ressurreição de Jesus Cristo, criando uma atmosfera de tradição, arte e fé.
Marcos Xavier, ator que interpreta Jesus, destacou a emoção de cada ano. “A pele fica toda arrepiada, a emoção é grande. A expectativa do público para o Jesus é muito grande e a responsabilidade é grande. São 22 anos de Fogaréu, mas eu já estou aqui há 24 anos realizando esse espetáculo. O frio na barriga é gigante e a responsabilidade também, mas a emoção é muito maior, pois é muito gostoso representar Jesus. Nosso trabalho da Procissão do Fogaréu é chegar dentro dos corações das pessoas”, contou.
O Bispo da Diocese de Caxias, Dom Sebastião Lima Duarte, destacou a importância do espetáculo. “A gente quer louvar e bem dizer a Deus e o Fogaréu nos ajuda, com as encenações e com a caminhada que fazemos, em romper a escuridão, em busca do Senhor e isso é muito significativo, pois esse deve ser nosso cotidiano, devemos procurar o Senhor, temos que voltar a ele”, disse.
A Procissão do Fogaréu é patrimônio cultural imaterial do estado do Maranhão e conta com quase 300 pessoas em toda organização e encenação. “São 22 anos, mas a emoção é sempre a mesma, sempre um frio na barriga e uma expectativa e tensão para dar tudo certo, pois afinal de contas são 200 personagens em cena”, frisou Richter Wenzel, diretor do teatro e membro da OCAT.
O evento conta com apoio da Prefeitura de Caxias e do Governo do Estado do Maranhão. O Prefeito de Caxias, Gentil Neto, frisou o apoio da gestão. “A gente sempre se coloca à disposição por um evento que já é tradicional na Cidade de Caxias, já são 22 anos de muita história, de muita cultura, de muita fé renovada e esperança, nada mais justo do que a Prefeitura poder contribuir e ajudar. Além da gente ajudar, eu faço questão de todos os anos participar desse evento, que já é patrimônio cultural imaterial do Maranhão”, disse.
O vice-governador, Felipe Camarão, também esteve acompanhou o evento. “É uma manifestação religiosa, mas sobretudo é uma manifestação cultural importante, já se tornou tradicional, são 22 anos do Fogaréu de Caxias, que tem esse condão de rememorar a paixão, a morte, a ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo, mas que gera emprego e renda, isso é uma questão que eu também quero ressaltar, por isso que o Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura, está apoiando o evento, também quero aqui mencionar o apoio da deputada Daniela, do secretário Fábio Gentil, e a participação da prefeitura”, frisou.
“Durante 8 anos, no qual estive Prefeito de Caxias, sempre estive presente contribuindo e participante. Nós, católico que somos, não poderíamos deixar de contribuir diretamente nessa peça que enaltece a Semana Santa, que valoriza e respeita aquilo que é mais importante que é o amor ao próximo”, frisou o Secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Fábio Gentil.
“Para a gente, é sempre motivo de alegria poder participar de um momento como esse, onde podemos exaltar nossa fé, principalmente nesse período de Semana Santa, que é tempo de reflexão, de partilha, mas acima de tudo de fé e amor ao próximo”, finalizou a Deputada Estadual, Daniella
