A região de saúde Macroleste do Maranhão, composta pelos municípios de Caxias, Codó, Pedreiras, Presidente Dutra, São João dos Patos e Timon, esteve reunida em uma Oficina de Avaliação da Planificação da Atenção à Saúde, com o tema “Planificação da Atenção à Saúde: Gestão e organização da Atenção Primária e Atenção Ambulatorial Especializada nas Redes de Atenção à Saúde”. O evento reuniu profissionais de saúde, gestores e representantes dos municípios envolvidos, e teve como foco central a avaliação coletiva do processo de Planificação da Atenção à Saúde nos territórios.
A programação incluiu a apresentação dos resultados da avaliação de impacto e outros dados relevantes produzidos pelo projeto, além de exposição dialogada de experiências exitosas e uma roda de conversa com pactuações, alinhamentos e encaminhamentos entre os municípios.

“A gente teve uma presença bem importante, mais de 200 pessoas, mais quem estava assistindo online. Muito legal ver o engajamento, ver quanto que os municípios se dedicaram em apresentar seus trabalhos, preocupados em olhar os indicadores do seu território, ver as melhorias. A gente tem muito avanço, tem muito caminho pela frente, de projeto ainda temos 1 ano e meio aqui trabalhando com Caxias. E, a expectativa é fazer ainda mais”, destaca Rafael Saad, coordenador de projetos da Beneficência Portuguesa.
Caxias foi destaque com a apresentação de três trabalhos que demonstram os avanços significativos alcançados com a organização e qualificação dos processos de trabalho implantados no município. Os trabalhos mostraram o mapeamento de pacientes, acompanhamento sistemático e os resultados concretos obtidos nas seguintes unidades: Centro Especializado em Hipertensão Arterial e Diabetes Rosário Gentil, que funciona no Caxias Shopping com atendimentos gratuitos para a população; Centro Especializado em Assistência Materno Infantil com atendimentos de alto risco e muito alto risco e Unidade Básica de Saúde do bairro Baixinha, que hoje são reconhecidos como referência no Maranhão e em todo o Brasil.

“Fizemos um relato de experiência realizado na UBS da Baixinha com 370 hipertensos, 56 diabéticos e 124 indivíduos com ambas as condições. Na reunião de equipe, definiu-se como metodologia a criação de 8 grupos. Foi pactuado que a gente a cada quinze dias iria contabilizar a estratificação”, disse Petra Regina, Enfermeira Da Unidade Básica de Saúde Baixinha.
“O nosso Plano de Cuidados é pelo Google Drive, e é uma ferramenta que tanto a Atenção Primária, quando a Atenção Ambulatorial Especializada tem acesso. Eles preenchem todos os dados e os motivos do compartilhamento, os problemas e as metas dos usuários. E, somente os profissionais daquela unidade básica de saúde têm acesso aos planos de cuidado”, destaca Camille Azevedo, Enfermeira e Gestora de Cuidados do Centro Especializado em Atenção Materno Infantil.

“A proposta do Ambulatório de Hipertensão e Diabetes, ele vem estruturado no modelo PASA, que desenvolve, além da função assistencial, outras funções, como de gestão, educação, supervisão e pesquisa. O usuário que tem o seu cuidado compartilhado com o Centro Especializado em Hipertensão Arterial e Diabetes Rosário Gentil, ele tem que está vinculado a uma Unidade Básica de Saúde. Ele é acompanhado, é feita uma estratificação de risco, onde é identificado se é alto, ou muito alto risco”, frisa Egislane da Silva, Enfermeira, Gestora do Cuidado e Tutora no Ambulatório do Centro Especializado em Hipertensão Arterial e Diabetes Rosário Gentil.
“Caxias apresentou três relatos de experiências. Continuamos sendo pioneira, e os relatos apresentados hoje, demonstram que as estratégias que estão sendo implementadas em Caxias com base na planificação, só trazem resultados positivos”, destaca Aline Pedrosa, Coordenadora do Núcleo de Educação Permanente do Centro Especializado em Assistência Materno Infantil.

“A gente fica bem feliz em ver três trabalhos, que foram apresentados pela Rede de Saúde de Caxias para a Região, das linhas de cuidado materno infantil, na rede de crônicos, em que a gente consegue viabilizar os usuários, atendimentos tanto da Atenção Primária, quanto média complexidade, e alto risco e muito alto risco. A gente consegue ofertar os serviços sem ter sequelas ou internações, ou até mesmo amputações no caso da rede de crônicos. Nosso usuário ele precisa ir até uma unidade básica de saúde, para que ele chegar a um serviço especializado”, destaca Mônica Gomes, Assessora Técnica da Secretaria Municipal de Saúde.


