A Secretaria Municipal de Direitos da Pessoa com Deficiência realizou, nesse sábado (23), uma Roda de Conversa no auditório da Prefeitura de Caxias. O encontro reuniu mães, representantes de entidades e membros do poder público, em um espaço de diálogo aberto e construtivo. Durante o momento, as mães compartilharam suas experiências pessoais, relataram os principais desafios enfrentados no dia a dia e apresentaram sugestões para fortalecer as políticas públicas voltadas às pessoas com deficiência.

“A gente precisa sempre está falando para que haja a inclusão dos nossos filhos na sociedade. Estes eventos são importantes para sabermos como lidar. Estou aqui como mãe atípica e como terapeuta ocupacional para compartilhar nossas rotinas, conquistas, para mostrarmos que eles podem tudo, basta ter oportunidade”, lembra Mariana Rocha, mãe atípica.
“Nós fazemos o atendimento com o Centro Maria Luiza com a equipe multiprofissional. Além do atendimento nas escolas, atendemos as mães no Centro Maria Luiza, ampliando o aprendizado das crianças na rede. Nas escolas nós temos os agentes de inclusão e os profissionais das salas de Atendimento Educacional Especializado para dá este suporte, porque muitos deles precisam desse suporte”, frisa Chiquinha da Inclusão, coordenadora de Inclusão da Secretaria Municipal de Educação, Ciências e Tecnologia.

As contribuições colhidas durante a atividade serão incorporadas ao Plano Municipal da Pessoa com Deficiência de Caxias, garantindo que a voz das famílias esteja presente na construção de estratégias mais inclusivas e eficazes. O evento faz parte da Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla e em que a gestão busca a envolver todos os setores visando a valorização da escuta e a promoção da cidadania.
“Estamos discutindo experiências de vida exitosas, dá mais perspectiva de vida para as mães, confiança e mostrar que dá para viver com qualidade. O meu filho, André Luís, está com 20 anos, e acadêmico do curso de ciências da computação, ele está no nível 1 de suporte. Ele era do nível 3 de suporte, agora é nível 1. Isso só foi possível, porque o modo como o autismo se expressou no André Luís, geneticamente foi favorável, e ele teve acesso as intervenções precoce, na idade correta e ele conseguiu se desenvolver”, disse Conceição Aguiar, mãe atípica.

“Esse evento me deixou emocionado. Eu sabia da dimensão do evento, mas quando começou a discussão, eu me vi como pai. É a questão de você passar aos cuidados, aos professores, que estão com os nossos filhos nas escolas, nós passamos a experiência da família. Isso aqui me emocionou bastante. É muito interessante este momento, a família falando do seu filho, para quem faz a educação”, lembra Jerônimo Cavalcante, secretário municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência em Caxias (MA).











