Projeto da Educação de Jovens, Adultos e Idosos de Caxias recebe Menção Honrosa em Curitiba (PR)

Caxias foi destaque durante o 27º Congresso Nacional da Associação Brasileira de Educação Musical (ABEM), realizado em Curitiba (PR), entre os dias 3 e 7 de novembro de 2025. Uma Menção Honrosa foi recebida pelo professor Reginaldo Pinho de Abreu, durante a entrega do Prêmio Alda Oliveira 2025, na categoria Educação de Jovens e Adultos (EJA). A solenidade de premiação do Prêmio Alda Oliveira e do Prêmio Talento Musical (TAMU), do 1º Festival da Canção, ocorreu no último dia 6 de novembro no auditório do campus Divina Providência do Centro Universitário Internacional (Uninter).

O prêmio, promovido pela ABEM e destaca as “Práticas de ensino de música nas escolas brasileiras de educação básica”, reconheceu o projeto intitulado: “Estar na Escola é uma Arte”, que foi desenvolvido na Unidade Integrada Municipal José Belmiro de Paiva, no bairro Tamarineiro, em Caxias. Para o professor, destacou a felicidade em receber a premiação. “Fico feliz por levar o nome de Caxias e de nosso estado do Maranhão de maneira positiva para todo o Brasil e o mundo!”, destacou Reginaldo Pinho, professor.

“É uma honra poder levar o nome de Caxias de maneira tão positiva para todo o Brasil e para o mundo através do Prêmio Alda Oliveira 2025. Quero aqui deixar um agradecimento especial a todos que fazem parte da organização do prêmio, aos nossos amigos irmãos da Associação Brasileira de Educação Musical, aos amigos da Revista Música na Educação Básica, e um abraço de todos da Prefeitura Municipal de Caxias, da Secretaria Municipal de Educação, Ciências e Tecnologia, da nossa Coordenação da Educação de Jovens, Adultos e Idosos, e dos nosso queridos colegas da escola José Belmiro de Paiva, e principalmente de nossos alunos do EJAI, que interagiram e participaram que interagiram e participaram de maneira tão brilhante desta atividade”, destaca Reginaldo Pinho de Abreu, professor.

EJAI – A Educação de Jovens, Adultos e Idosos é uma modalidade de ensino para quem não concluiu o ensino fundamental ou médio na idade apropriada. O objetivo é oferecer uma nova chance para que os alunos possam completar a educação básica, sendo uma forma de aprendizado ao longo da vida.

O projeto desenvolvido pelo professor Reginaldo Pinho de Abreu, que foi certificado como finalista do prêmio, utilizou o canto coral como ferramenta pedagógica e social para estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos, demonstrando como a música pode transformar vidas, possibilitando que os alunos de idades variadas redescobrissem o prazer de aprender, fortalecer a autoestima e encontrarem na arte uma forma de expressar suas vivências e esperanças. O projeto teve duração de seis meses, com aulas teóricas e práticas.

“Nós aprendemos as músicas todas”, disse Kaliane Batista, aluna (27 anos).

“Foi muito bom, o coral, amei tudo daqui, foi maravilhoso”, disse Maria de Lourdes Pereira, aluna (55 anos).

“Foi muito bom, maravilhoso, achei. Eu nunca tinha cantado em um coral. Gostei dos ensaios, das músicas e apresentação”, disse Maria da conceição, aluna (53 anos).

“Pra mim foi bom, gostei muito da parte da música. Eu aprendi a ler, as pessoas são muito boas e bem organizado”, disse Mateus, aluno (20 anos).

“Foi bom demais, a participação, eu me diverti, cantei com os meus colegas”, disse Lucimar dos Santos, aluna (52 anos).

“O professor trouxe o projeto, apresentou para a equipe gestora, alunos, fez ensaios e fez o encerramento. Tivemos um sucesso grandioso com este projeto desenvolvido por ele. O projeto foi bastante aceito pelos alunos, houve uma interação entre o professor e os alunos”, destaca Maria da Conceição, gestora da Escola José Belmiro de Paiva.

O professor tem mais de 20 anos de magistério, e que também é licenciado em História, Ciências Sociais e Música, ressaltou que a conquista é um reconhecimento da resistência e do esforço dos educadores, que mesmo diante de desafios conseguem transformar a realidade dos estudantes, e incentivá-los a continuarem seus estudos.

“Nós sabemos que há um desafio da implementação do ensino da música no Brasil, apesar de existir uma Lei que oriente para isso, mas é um grande desafio. Eu sempre associei o meu trabalho docente a música. Eu leciono as disciplinas história, filosofia e ensino religioso. E, fiz este projeto, foi acolhido. Este projeto teve por objetivo melhorar a autoestima, fazer com que os alunos ficassem mais estimulados a estarem na escola, e isso foi alcançado”, destacou Reginaldo Pinho de Abreu, professor.

O 27º Congresso Nacional da ABEM, realizado em parceria com a Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR) e a Universidade Federal do Paraná (UFPR), teve a Uninter como a primeira instituição de ensino superior privado a sediar parte do evento. O evento, teve como tema: “Educação musical, mundo do trabalho e a construção de uma sociedade democrática”, e contou com conferências, 520 trabalhos submetidos e apresentados em 18 Grupos de Trabalho (GTEs), além de 18 cursos e diversos painéis de debate. Dentre os destaques musicais: a apresentação do Coro Margareth Picler (da Uninter), Orquestra Uninter, Belas Trio (EMBAP), Danilo Ramos Trio (UFPR), e a Orquestra Sinfônica da EMBAP – Paulo Barreto, entre outros.