Representantes do poder público recebem capacitação em Letramento Racial e Políticas Afirmativas

A Capacitação “Letramento Racial e Políticas Afirmativas” reuniu técnicos da Rede de Proteção Social do Município e da Secretaria da Juventude para um momento de formação, reflexão e fortalecimento das práticas de equidade racial nas políticas públicas, nessa quinta-feira (13), no auditório do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. A ideia é ampliar o entendimento sobre o papel do letramento racial e das políticas afirmativas na promoção dos direitos humanos, além de contribuir para a redução das desigualdades sociais que ainda persistem no país.

“O Letramento Racial é conhecer e reconhecer práticas que diminuam ou extermine de vez o Racismo Estrutural na nossa sociedade. E, durante este mês inteiro nós estamos colocando em prática, trazemos percepções do nosso dia a dia, expressões racistas na fala, dados das desigualdades, mas também buscamos ressaltar as potencias das comunidades negras”, explica Jeverson Brito, Coordenador na Secretaria Adjunta de Municipal de Direitos Humanos

Durante o encontro, os participantes discutiram conceitos fundamentais sobre raça, racismo estrutural e institucional, entendendo como esses fatores influenciam o acesso a direitos e oportunidades. A capacitação também destacou a importância do empoderamento das comunidades de matriz africana, incentivando que cada pessoa reconheça seu potencial, sua história e sua contribuição para o desenvolvimento social, cultural e econômico.

A gente está levando este conhecimento por meio do Letramento Racial para que as pessoas tenham um conhecimento melhor, do que são os direitos da população negra, no que diz respeito ao preconceito, a discriminação, ao racismo”, destaca Ivan de Oxossi, coordenador de Igualdade Racial.

Integrando a Campanha Novembro Negro, que está sendo desenvolvida pela Secretaria Municipal Adjunta de Direitos Humanos, a atividade promove a conscientização sobre igualdade racial ao longo de todo o mês. A campanha percorre escolas, repartições públicas, comunidades rurais e outros espaços, levando debates, vivências e orientações que fortalecem o respeito, a cidadania e o funcionamento efetivo das políticas públicas para a população negra.

Com o estudo e o esclarecimento, nós estamos tentando corrigir esta parte negativa que as vezes a gente recebeu dos antepassados, algumas falas que não são assertivas, são pessoas nossas, é nosso povo e nosso sangue. Uma vez que você corrige, a gente passa a ser respeitosa”, disse Neta Pinheiro, Coordenadora de Desenvolvimento das Comunidades.

Enquanto pessoa negra, nós buscamos nos colocar na sociedade com respeito. As gírias e brincadeiras sem graças, a gente tem que se posicionar, buscando a igualdade entre todos. A escola, a gente ver que trabalha muito a questão racial. Há muitos negros que demonstram inteligência, desenvolvimento e são capazes”, disse Lucyane Maria, servidora do Centro POP.

“Nós vamos ter a 3ª escuta quilombola, e vamos trazer todos para que o poder público para que possamos estreitar os laços entre o poder público e as comunidades. E, no dia 19 de novembro, vamos traçar o nosso plano de ação e mostrarmos o que fizemos. Muitas vezes a pessoa que está na comunidade muitas vezes não tem acesso a estas informações. Estes momentos de escuta são fundamentais para se construir políticas públicas mais justas, conforme o nosso público”, destaca Francyane Barradas, secretária municipal Adjunta de Direitos Humanos.