Bruna Carla participou cheia de entusiasmo da atividade desenvolvida pelo Centro de Convivência do bairro Teso Duro. Era a primeira vez que participava do Desfile de Beleza Negra, realizado nessa quinta-feira (13). Ao seu redor, outras crianças também desfilavam com alegria, mostrando que a autoestima e o reconhecimento da identidade começam na infância.
“Nós vamos desfilar, falar umas palavras e colar, e fazer aula de capoeira. Nós vamos homenagear os negros. A gente não deve fazer bullying e não deve ficar praticando racismo com as pessoas”, disse Bruna Carla, assistida.
“Eu estou achando muito bom, porque tem várias brincadeiras e aulas de capoeira”, destaca Brena Rafaela, assistida.
“Muito legal, no caso das brincadeiras, eu gostei muito”, disse Natale da Silva, assistida.
O evento foi muito além de um desfile. As crianças tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre a capoeira, entendendo que o gingado, a música e a resistência desse patrimônio cultural brasileiro são símbolos de luta e liberdade do povo negro. Também puderam experimentar comidas típicas, mergulhando na riqueza gastronômica que compõe parte importante da cultura afro-brasileira.
“Hoje é um dia de reflexão, reconhecimento e valorização da cultura negra e mostra que os negros têm uma grande importância em nosso país. Nós estamos fazendo com que eles tenham acesso à cultura, tendo aulas de capoeira, desfile cívico de consciência negra e temos comidas típicas”, ressalta Marcelo Lima, supervisor do Centro de Convivência do bairro Teso Duro.
Durante toda a atividade, foi destacada a importância de se combater o preconceito contra pessoas negras. A programação foi alusiva ao Dia da Consciência Negra e contou com a participação de estudantes do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), que contribuíram com atividades lúdicas.
“Nós estamos fazendo parte, fazendo materiais para serem expostos; nós estamos colaborando com o desfile e no que as crianças precisarem. A gente está vindo com base no projeto ‘Prática Curricular na Dimensão Político-Social’, e a gente tem 8 semanas e vamos fazer uma ação final”, frisa Andressa Nascimento, estudante do 6º período do curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Maranhão.
