Bandeira
Símbolo Municipal, institucionalizado sob a Lei nº 79 de 25 de agosto de 1949, condensado em uma Bandeira com as seguintes características:
A Bandeira de Caxias tem formas retangulares, divididas em dois triângulos escalenos por uma faixa e ao meio da qual ficam os caracteres do povo caxiense:
- o triângulo superior é de cor azul celeste, representando o céu que paira, eternamente, sobre a terra traduzindo, assim, o fervor religioso dos caxienses pela divindade;
- o triângulo inferior é de cor verde escuro representando o sangue dos caxienses, derramado nas lutas pela Independência e no movimento da Balaiada;
- ao meio, uma faixa divisória em cor vermelha, em diagonal, e, nela, escrita a data de Adesão de Caxias à Independência do Brasil ao jugo português, 1º de Agosto de 1823, e, ainda, sobre a faixa um Livro em cor branca com caracteres em preto, representando a filosofia e a prosa de Teixeira Mendes, uma Lira dourada encimando ao Livro representando a poesia de Gonçalves Dias, Vespasiano Ramos, Veras de Holanda e Afonso Cunha, e, também, uma Espada ao pé da Lira representando o patriotismo, a coragem e a bravura de Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, apaziguador da Balaiada.
Brasão
A bravura do povo caxiense foi, é, e sempre será uma característica marcante nas conquistas de uma cidadania livre e soberana.
Em 1822, quando ocorreu, simbolicamente, o “Grito da Independência do Brasil”, a Vila de Caxias na Província do Maranhão, fora habitada, predominantemente, por uma população lusitana. As classes hegemônicas, constituídas de portugueses, exerciam a dominação ao comércio, à igreja e à educação no lugar. E, portanto, assim, não queriam contrariar os interesses da Coroa de Portugal à qual tínhamos o jugo de subordinação política e administrativa.
Mas, quase um ano depois, precisamente, em 1º de agosto de 1823, o povo caxiense livrou-se do domínio português e a aderiu à Independência do Brasil para se tornar soberano, também, à cidadania da pátria.
Duas datas marcantes estão afixadas na faixa/flâmula rubra abaixo do pendão verde: 31.10.1811; data na qual o antigo Arraial de Caxias das Aldeias Altas fora elevado à categoria de Vila, e, a seguinte, 06.07.1836; data na qual foi ratificada, em documentação oficial, a elevação da Vila, que um dia antes, em 05 de julho de 1936, houvera sido emancipada à categoria de cidade.
Hino Caxiense
Clara estrela no céu maranhense,
Lira flébil do meigo cantor,
Tua luz outra estrela não vence,
Nem a lira mais cheia de amor.
Vamos juntos no albor destes dias
Os louvores cantar de Caxias (bis)
És a virgem toucada de rosas,
Que te miras nas águas do rio,
De onde as ninfas sutis, invejosas,
Vêm beijar-te o perfil erradio.
Vamos juntos no albor destes dias
Os louvores cantar de Caxias (bis)
Broquelada na paz tu trabalhas,
E na paz confiada descansas,
Mas não temes o fragor de batalhas,
Quem já trouxe a vitória nas lanças.
Vamos juntos no albor destes dias
Os louvores cantar de Caxias (bis)
Não crearam teus seios escravos,
Bentos seios do alvor da camélia,
Que nós somos unidos e bravos.
Filhos gracos da nova cornélia.
Vamos juntos no albor destes dias
Os louvores cantar de Caxias (bis)
Glória! Glória! As façanhas proclamem,
Da princesa do adusto sertão,
Cuja fama e valor se derramam,
Pelas terras do audaz Maranhão.
Vamos juntos no albor destes dias
Os louvores cantar de Caxias (bis)
Vocabulário do Hino Caxiense
- Lira – Instrumento musical de cordas
- Flébil – Lacrimoso, choroso, lastimoso
- Meigo – Amável, afável, bondoso
- Albor – A primeira luz da manhã
- Louvores – Elogio, gabo, glorificação, exaltação
- Toucada – Ornada de touca, coroada.
- Mirar – Cravar a vista em; fitar os olhos em; fitar; encarar
- Ninfas – Divindade fabulosa dos rios, dos bosques e dos montes.
- Sutis – Fino, delgado, grácil; feito com delideza
- Invejosas – Que tem inveja; olhar invejosamente
- Perfil – Contorno do rosto de uma pessoa ou de um objeto visto só de um lado
- Erradio – Errante, perdido no caminho; desnorteado, transviado
- Broquelada – que tem forma de um broquel; aquele que se armava de broquel
- Fragor – Ruído muito forte, estrondo
- Batalhas – Ato essencial da guerra
- Vitória – Ato ou efeito de vencer o inimigo
- Lanças – Arma ofensiva ou de arremesso
- Seios – Enxada, golfo, pequeno porto ou baia
- Bentos – Profundidade, profundos
- Bravos – Indica aplauso, admiração
- Gracos – Filhos de família Romana
- Camélia – Arbusto ornamental da família das teáceas (Camélia japonira), originário da Ásia, de folhas verdes-escuras, pequenas, grossas e serreadas, belas flores grandes, alvas ou rosadas, com muitas pétalas e sem perfume.
- Gloriar – Cobrir-se de gloria
- Façanhas – Ato Histórico; coisa admirável, notável ou difícil de executar
- Adusto – Queimado, abrasado, ressequido
- Sertão – Região agreste, distante das povoações ou das terras cultivadas; terreno coberto de mato, longe do litoral
- Audaz – Que tem audácia, ousado, corajoso, temerário
FICHA TÉCNICA
Letra: Teodoro Ribeiro Júnior
Música: Elpídio Pereira