CULTURA – Praça do Pantheon ganha bustos de Carvalho Júnior, Laura Rosa e Teixeira Mendes nos 210 anos de elevação de Caxias (MA) à categoria de Vila
Caxias (MA) celebrou na manhã deste domingo (31), 210 anos de elevação à categoria de Vila. Na ocasião, amantes da literatura, educação e Patrimônio Histórico, estiveram reunidos na Praça Dias Carneiro (Praça do Pantheon) onde prestigiaram a entronização de mais três bustos que agora farão parte do Pantheon Caxiense: O poeta Carvalho Júnior; Raimundo Teixeira, autor da Bandeira Nacional; e Laura Rosa, a primeira professora normalista de Caxias (MA).
“Caxias desde 1811 vem construindo um cenário cultural importante. Àquela data, Caxias foi elevada de Arraial das Aldeias Altas à categoria de Vila de Caxias, porque já demonstrava um cenário em que a povoação estava evoluída. Hoje, estamos dando mais um passo na continuidade da nossa cultura, estão sendo entronizados três nomes importantes. Parabéns a Caxias”, ressaltou Wibson Carvalho, coordenador de Patrimônio Histórico de Caxias (MA).
“Um busto ser entronizado é um dos maiores galardões que uma Prefeitura pode fazer para a cidade. Laura Rosa eterniza neste busto uma grande educadora, as mulheres caxienses que foram capazes de lutar por uma educação melhor e pelo desenvolvimento da cidade. Agradecemos ao Prefeito Fábio Gentil e ao secretário Sandro Leonardo, pelo resgate da memória caxiense”, destaca Ana Célia Damasceno, Secretária Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (SEMECT).
“Quero dizer que fico feliz, em nome do Carvalho Júnior e daqueles que vivem e inspiram a literatura caxiense. É um momento incentivador para outras gerações”, disse Joseneyde Ferreira, esposa de Carvalho Júnior.
“Caxias é a cidade do poetismo. Eu fiquei feliz pelo meu pai, é como se ele estivesse aqui do meu ladinho, és merecedor de tudo isso, pois foi um poeta incrível”, disse Camila, filha de Carvalho Júnior.
“Eu senti que ele estava presente aqui conosco. Nós não podemos vê-lo, mas ele pode nos ver”, frisa Julia, filha de Carvalho Júnior.
O momento solene foi prestigiado por representantes da Prefeitura de Caxias, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte, Turismo, Juventude e Patrimônio Histórico; Instituto Carvalho Júnior; Academia Caxiense de Letras; Academia Sertaneja de Letras, Educação e Artes do Maranhão (ASLEAMA); Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (SEMECT); Unidade Regional de Educação e Associação Amigos do Patrimônio Histórico. A solenidade foi embalada pela Banda Lira Municipal. Alunos da escola Paulo Marinho também fizeram uma homenagem a Laura Rosa, recitando poemas.
“Eu fiquei bastante emocionado, porque nosso país demora muito para homenagear alguém, então eu fico feliz porque a poesia dele permanece viva, é contemporânea, as pessoas trabalham com a poesia dele. Ele ainda tinha muita coisa para fazer. Esse é o lugar de Carvalho Júnior, enfim ele está no Pantheon Caxiense”, lembra Ezíquio Neto, presidente da Associação Amigos do Patrimônio Histórico.
“Carvalho Júnior foi bastante dedicado à educação. Eu via no Carvalho um jovem idealista com desejo de mudança”, frisa Marciana Bezerra, gestora da Unidade Regional de Educação (URE).
“É um momento importante para a cultura, literatura, educação e memória. São três personalidades que contribuíram em suas existências. Então, a ASLEAMA, que tem se empenhado nessa colaboração, conta com o apoio de seus integrantes. Parabenizamos o Prefeito municipal e a Secretaria de Cultura de Caxias (MA)”, ressalta Guilherme Sousa, presidente da ASLEAMA.
Poetas e escritores caxienses estiveram presentes, assim como também o escultor das peças que foram entronizadas, Eduardo Sereno.
“Carvalho Júnior é o mais novo na linguagem do fazer poético. Laura Rosa, foi professora e pioneira no ensino em Caxias. Temos o gigante Raimundo Teixeira Mendes, que além de ser o criador da Bandeira do Brasil, é também o homem que prestou muitos serviços ao país, a exemplo a separação igreja e estado, redação das leis que protege a mulher, o menor e o doente mental, além de pôr sua inspiração na criação da Fundação Nacional do Índio”, destaca Edmilson Sanches, escritor.
A Praça do Pantheon é um logradouro público com fonte luminosa que abrigava até então os bustos de: Dias Carneiro, que dá nome à Praça do Pantheon, além de idealizador da Companhia de Tecidos e Fiação União Caxiense; Antônio Gonçalves Dias, pai do romantismo brasileiro; Coelho Neto, o príncipe da Literatura Brasileira; Vespasiano Ramos, autor de Samaritana e Ó Cristo.