A Unidade Integrada Municipal Governador Pedro Neiva de Santana, no povoado Brejinho, realizou um evento especial alusivo à educação inclusiva. Dentre as atividades, foram realizadas palestras e apresentações como a capoeira, onde alunos com necessidades especiais puderam participar.

Com foco na temática “Pessoas com Deficiência, Direitos, Necessidades e Realizações”, a instituição de ensino mobilizou a comunidade para participar das discussões em relação as necessidades e o respeito que devem ser atribuídos aqueles que precisam de uma atenção educacional especial.

A ação faz parte do movimento Setembro Azul, onde comemora-se no dia 26 o Dia Nacional do Surdo. A diretora da Escola, Maria de Jesus Teixeira, falou sobre a importância do evento.

“Nós, como profissionais dessa unidade de ensino, estamos cumprindo a lei. Queremos proporcionar esse ambiente acolhedor para essas crianças, nós estamos fazendo um trabalho de formiguinha, queremos inserir os alunos que têm necessidade especiais com laudo ou relatório pedagógico, nós queremos inserir o máximo que pudermos. Hoje já são 24 alunos, amanhã serão mais, tudo isso porque temos apoio da nossa secretária de Educação, Ana Célia Damasceno, e do nosso prefeito Fábio Gentil, que sempre nos ouve quando solicitamos”, destacou.

A professora de libras, Aldelane Gomes Leão, destacou a importância do trabalho realizado.

“É satisfatório contribuir em situações como esta, onde estamos nos engrandecendo e nos tornando mais humanos, porque estamos colaborando com algo muito importante, a inclusão. Fui convidada para dar uma palestra sobre a educação de surdo e, principalmente, sobre a língua brasileira de sinais aqui na Pedro Neiva de Santana, e estamos aqui, ensinando alguns sinais de libras, juntamente com meu colega surdo, professor Dácio Machado Pereira Neto e, para nós, foi algo muito satisfatório estarmos aqui ensinando os alunos”, ressaltou.

A equipe da SEMECT (Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia) prestigiou o evento. Estiveram presentes Violeta Lima, psicopedagoga; Núria Ramos, assistente social; Fagner França, fisioterapeuta; Madalena Silva, psicopedagoga; Maria de Fátima, coordenadora do Núcleo de Inclusão da SEMECT e a secretária adjunta da SEMECT, Lacy Assunção, além de Paulo Carneiro, presidente da ADEFIC, que ministrou uma palestra.

“O papel da escola é criar um cidadão. Mesmo com muita dificuldade, as escolas têm feito o seu papel, hoje podemos observar um jogo de capoeira envolvendo crianças com alguma deficiência e percebemos que elas interagiram de forma muito boa. As crianças dançam, cantam, fazem de tudo. A escola está trazendo profissionais pra cá, isso é o mais importante para acabar com as diferenças”, disse Lacy Assunção, secretária adjunta da SEMECT.

“A nossa escola como sendo do setor rural, tinha necessidade de uma equipe qualificada onde pudéssemos acolher essas crianças com deficiência, pois temos 22 alunos com CID- (Cadastro Internacional de Doenças) e laudos, além de crianças que têm necessidades especiais mas que ainda não possuem diagnóstico. Então é um número muito grande, mas nós temos esse apoio da secretária de Educação, Ana Célia Damasceno, e do prefeito Fábio Gentil, além do Núcleo de Educação Especial. Portanto, a gestão tem nos dado infraestrutura e apoio, por isso estamos conseguindo resultados positivos”, enfatizou Laiza Santos, pedagoga e especialista em Educação Especial e Saúde Mental.

A analista de comportamento e neuropsicopedagoga, Nagila Dany, ministrou uma palestra com o tema “Um por todos, todos por um”. Sobre a palestra, Nagila ressaltou que as crianças precisam ser cada vez mais incluídas.

“A inclusão escolar exige também que o aluno que não possui nenhuma deficiência, ele tem que estar preparado para entender esse processo de inclusão escolar, porque é alguém de desenvolvimento diferente, uma pessoa que tem atípica de desenvolvimento, que se comporta de uma forma diferente e que as outras crianças, ditas normais, precisam entender isso. Para entender, reduzir o bullying e o preconceito, a gente tem que preparar essas crianças explicando pra elas que esse desenvolvimento é diferente, mas que deve ser aceito e ser compreendido, e esse foi o intuito dessa palestra”.

Os alunos Ítalo Moura de 12 anos e Fabiola Souza de 15, aprovaram a ação.

“Eu achei legal esse evento porque esclarece sobre o autismo e outras deficiências”, disse Ítalo Moura, aluno.

“Eu achei uma maravilha tudo que apresentaram aqui, explicaram muito e ensinaram pra muitas pessoas. Aprendi que se tratarmos quem tem alguma deficiência da mesma forma de quem não tem, esse aluno vai aprendendo os mesmo passos que a gente”, disse Fabíola Souza, aluna.

Eu tenho o maior prazer e orgulho de estar ministrando aula para essas crianças que têm algum tipo de necessidade especial porque a partir do momento que estou com eles, eu vejo a felicidade no rosto de cada um, quando há o toque do berimbau ou do pandeiro eles já se alegram e mudam seus semblantes. Então para mim isso é a satisfação”, falou Franciquele Andrade, esportista e capoeirista, conhecida como ‘Espoleta’.

A senhora Maria Borges, mãe de um aluno com necessidades especiais, ficou feliz em ver a preocupação da instituição de ensino com a educação e a inclusão de seu filho.

“Me sinto feliz por termos hoje uma escola preocupada com nossos filhos. Tenho um filho especial, e aqui ele é tratado com respeito e carinho, sempre estou acompanhando ele, e aqui, realmente, a gente percebe os bons resultados”, destacou.

Confira mais fotos:

Palavras chaves: , ,