A Campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” chegou ao Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Caxias nesta quinta-feira (10). Uma iniciativa da Prefeitura de Caxias por meio do Centro de Referência e Atendimento à Mulher (Cram), da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres.

Seguindo todas as recomendações do Ministério da Saúde sobre o distanciamento físico, os colaboradores do Saae participaram de uma palestra sobre a temática no pátio da sede administrativa da autarquia.

A campanha, que começou no dia 25 de novembro e segue até o dia 11 de dezembro, é realizada internacionalmente para chamar a atenção da sociedade para o fim de todas as formas de violência contra a mulher e estimular as denúncias.

“Não é somente durante a campanha que devemos combater essa violência, mas durante todos os dias. E aqui no Saae, em que a maioria do público é masculino, a gente procura tocar esses homens para que eles sejam apoio no combate a essa violência”, considera a palestrante Vânia Almada, advogada do Cram.

 

Segundo a advogada, é difícil combater a violência numa sociedade machista onde, muitas vezes, a própria mulher não tem a consciência dos tipos de violência. “Além da física e da psicológica, que eu considero as mais complicadas, existem outras como a patrimonial, quando o agressor administra as finanças da mulher ou não lhe permite trabalhar; temos a violência sexual; a violência moral, onde o agressor vai denegrindo a imagem da mulher, ou seja, são situações em que muitas vezes a mulher não percebe que está passando por violência”.

Durante a ação educativa, as profissionais falaram do trabalho realizado no Cram, um local especializado para acolher e dar suporte às mulheres vítimas de violência, oferecendo serviços assistencial, jurídico e psicológico. “Os casos que chegam à secretaria são casos de violência doméstica, em que a vítima está fragilizada devido ao que vem passando com o agressor. Ela procura orientação sobre divórcio, orientação sobre a guarda dos filhos, pensão alimentícia, exame de DNA”, ressaltou a assistente social do Cram, Daniela Posse.

 

Para a colaboradora do Saae Caxias, Edilene Ripardo, a atividade foi bastante informativa. “Essa palestra foi bastante instrutiva principalmente para nós mulheres que, muitas vezes, necessitamos de apoio, além da família, do apoio de profissionais competentes e de instituições que estão aptas a lidar com o problema da violência. Eu só tenho a agradecer ao Saae pela iniciativa”.

 

“É muito importante a iniciativa do Saae porque nós sabemos que é um tema muito relevante e que acontece no nosso dia a dia. A gente vê isso na televisão, nas redes sociais, e muitas vítimas não sabem como denunciar ou não denunciam por medo do agressor. Homem e mulher são parceiros e devem se relacionar com respeito, seja no ambiente de trabalho ou familiar”, considera o coordenador de Produção e Qualidade do Saae Caxias, Edson Mauro.