A Campanha “16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” encerrou nessa sexta-feira (11). Um aulão com dezenas de mulheres foi promovido para coroar o trabalho realizado, que foi iniciado no último dia 25 de novembro.

 

“Nós fizemos palestras no Saae, Guarda Municipal, Secretaria de Infraestrutura, dentre outros lugares. O que nós queremos é promover o fim da violência contra as mulheres”, diz Elisa Torres, secretária adjunta de Políticas para as Mulheres.

 

Durante a realização da campanha, o Centro de Referência e Atendimento à Mulher (Cram) chegou a receber quase 30 casos de mulheres que reclamaram de violência doméstica e pediram ajuda.

 

“Nosso atendimento começou dia 25 de novembro, e de lá para cá realizamos 29 casos de mulheres vítimas de violência. Lá elas passaram por atendimento psicológico, assistencial, jurídico, e algumas mulheres vão às delegacias. Nós só denunciamos se a mulher quer fazer a denúncia. É importante que a mulher saiba que nós estamos para apoiá-la. O Cram já está atendendo de forma presencial, mas também de forma remota”, destaca Alyne Danielle, coordenadora do Cram.

 

Para as mulheres do Programa Mulheres em Movimento (PMM) a campanha deve seguir conscientizando enquanto ainda houver casos de violência. Elas destacaram que é importante a mulher romper o silêncio.

 

“A violência contra a mulher não acabou e por trás das cortinas ela é ainda maior. Eu acho muito importante a mulher romper esse silêncio. Ela não fala por causa do medo. A maioria não se sente segura, e por isso há muitos casos de violência”, disse Mércia Barbosa, integrante do PMM.

 

“É muito importante que todas nós estejamos conscientes dos nossos direitos. É importante que a gente se liberte de relacionamentos opressores”, destaca Sara Maria, integrante do PMM.

 

A campanha encerrou, mas o trabalho continua. A rede de apoio à mulher segue articulada e garantindo que as mulheres tenham amparo e proteção em Caxias.

 

“É uma campanha importante porque a nossa meta é combater a violência contra a mulher. Por outro lado, temos a Lei Maria da Penha e a Lei do Feminicídio. O objetivo da campanha é esclarecer que as mulheres não estão sozinhas. Nós estamos prontas para ajudar as mulheres. O que nós queremos é que as mulheres vivam felizes com os seus companheiros, mas em caso de violência temos uma rede com delegados, juíza, Conselho da Mulher. Enfim, somos uma rede em defesa da mulher”, explica Márcia Marinho, secretária municipal de Políticas para as Mulheres.