A tradição remonta ao século XVIII e subsiste em cidades européias e brasileiras simbolizando a busca e a prisão de Jesus Cristo. A Procissão do Fogaréu é uma tradicional procissão católica realizada anualmente em algumas cidades do Brasil durante a Semana Santa.

Em Caxias, em uma linguagem artístico-cultural das artes cênicas, precisamente o teatro, criada pelo ativista cultural Léo Barata, dirigida pela OCAT, inicia-se com um primeiro ato que representa a Santa Ceia, encenado no Adro da Catedral da Igreja Católica Caxiense. Em seguida, outros atos são encenados em frente ou no passeio de algumas edificações do acervo arquitetônico do perímetro ao centro histórico de Caxias. Em 2023 a procissão completa 20 anos.

A procissão encena a cassação e a prisão de Jesus Cristo. O seguimento da procissão muda de uma cidade para outra, assim como o dia da Semana Santa na qual é realizada.

Tradicionalmente dezenas de farricocos vestidos em indumentária especial e segurando tochas, representam soldados romanos e seguem descalços pelas ruas da cidade. A indumentária utilizada pelos farricocos caracteriza-se por uma túnica comprida de cores variadas e por um longo capuz cônico e pontiagudo, guardando fortes semelhanças com as vestimentas que ainda hoje são comuns nas celebrações da Semana Santa em outras cidades brasileiras. Trata-se com efeito de um traje de origem medieval, o qual era costumeiramente utilizado por penitentes que assim podiam expiar seus pecados sem ter que revelar publicamente sua identidade.

Em Caxias a procissão tem início às 21h da quarta-feira da Semana Santa, com a iluminação pública apagada e ao som de tambores pelas vias públicas compreendidas em seu percurso. Uma multidão de pessoas, composta de fiéis, turistas e moradores locais, assistem ao espetáculo marchando juntamente aos farricocos.

Por Wybson Carvalho.